Autoridades falam em 500 mortos após 15 dias de cerco israelita em Jabalia

Cerca de 500 pessoas morreram em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, desde que as tropas israelitas retomaram a ofensiva na região há 15 dias, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo movimento islamita Hamas.

“A ocupação prossegue o seu cerco ao norte da Faixa de Gaza, há mais de 15 dias, impedindo a entrada e saída [de pessoas] e impedindo que água e alimentos cheguem a quase 250 mil pessoas sitiadas”, denunciou o porta-voz do Ministério da Saúde, citado pela EFE.

Ao início desta madrugada, tanques israelitas cercaram e dispararam contra os principais hospitais localizados no norte da Faixa de Gaza, essenciais para o tratamento dos feridos naquela zona, nomeadamente, os hospitais indonésio, Kamal Adwan e Al Awda.

“A ocupação israelita está a intensificar os ataques contra o sistema de saúde no norte da Faixa de Gaza, atacando e sitiando diretamente, nas últimas horas, os três hospitais do norte”, denunciou um porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza.

O diretor do hospital indonésio, Marwan Sultan, afirmou durante a madrugada de hoje que o exército israelita atacou o segundo e terceiro andares deste hospital, deixando a unidade de saúde sem eletricidade.

“Há cerca de 40 pessoas no hospital, algumas delas em estado crítico, e precisamos de oxigénio. Apelamos à comunidade humanitária internacional que nos ajude”, disse Sultan num vídeo gravado a partir do hospital.

Um apelo reiterado pelo Ministério da Saúde local que exigindo “retirada dos doentes muito críticos para os hospitais da cidade de Gaza”, bem como a entrada de alimentos para o pessoal médico e para os doentes nos hospitais (do norte) e “a entrada imediata de missões internacionais (Organização Mundial da Saúde e Cruz Vermelha Internacional) para ficarem com o pessoal médico dentro do hospital”.

Fontes do Ministério da Saúde indicaram ainda que as forças israelitas cercaram quatro abrigos perto do hospital indonésio.

O hospital Kamal Adwan avisou entretanto que já não tem capacidade para receber mais doentes, sendo que a interrupção da Internet no norte de Gaza desde sexta-feira à noite está a dificultar a comunicação entre os diferentes hospitais.

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