Aumento da inflação está a afetar casais portugueses, indica estudo: 29% reconhece impacto negativo na vida romântica

Para 29% dos portugueses, o crescente aumento do preço dos presentes e refeições fora está a ter um impacto negativo na sua vida romântica, segundo relatou o ‘European Consumer Payment Report 2022’, apresentado pela Intrum.

Esta consequência está a afetar a vida sentimental das gerações mais novas, uma vez que são as que mais manifestam o seu descontentamento – a geração Z (18-21 anos) regista uma percentagem de 49% e a geração Millennial (22-37 anos) situa-se com a segunda percentagem mais elevada, atingindo os 37%. A média do Sul da Europa é de 31%, valor este superior ao registado em Portugal.

O estudo demostrou ainda também que 45% dos portugueses inquiridos revela uma preocupação acrescida quando confrontados com a possibilidade de o parceiro/cônjuge perder o emprego. Ainda assim, esta percentagem é inferior ao que se verifica em Espanha (48%), Grécia (66%) e Itália (47%). A média do Sul da Europa situa-se nos 51%. Foi também possível verificar que são os casais com filhos (56%) e com altos rendimentos (49%) quem revelam mais esta preocupação. De ressalvar ainda que a geração Z (18 -21 anos) é novamente quem manifesta maior apreensão face ao tema (54%).

De acordo com a Intrum, a situação financeira pode ter uma influência decisiva no modo como se conduzem as relações pessoais, nomeadamente quando há dificuldades financeiras. Exemplo disso é que 16% dos inquiridos afirmaram que comprar presentes para o seu parceiro/cônjuge é a razão mais comum para se endividarem com o cartão de crédito. Esta é uma realidade com maior expressão nos homens (20%) do que nas mulheres (12%). Em Espanha, a percentagem é superior atingindo os 25% e o mesmo se verifica na Grécia, com 26%.

Os casais portugueses não estão a passar a melhor fase financeira, mas ainda assim não deixam de se preocupar com a relação. No estudo, 19% dos inquiridos refere que a solução compre agora/pague depois é cada vez mais utilizada para cobrir custos da vida social e romântica dos casais portugueses. Países como Espanha, Itália e Grécia registam uma percentagem substancialmente superior à nacional, com 26%, 28% e 26%, respetivamente. São também as gerações mais novas as que mais se identificam com esta opção, nomeadamente a geração Z (18-21 anos) que regista uma percentagem de 27%.