Aumentam queixas contra motoristas estrangeiros de TVDE em Portugal. Insegurança durante as viagens está entre as reclamações mais frequentes

Muitos passageiros e empresários do setor de TVDE queixam-se de motoristas que chegam a Portugal, vindos de países como a Índia o Bangladesh ou o Paquistão, e que em poucos dias, mesmo sem conhecimentos de português ou de inglês básico, estão ao volante de uma viatura.

Os casos são relatados pelo Correio da Manhã, a quem os clientes levantam questões de segurança. Outros motoristas e empresário contam casos de condutores de carros das plataformas de TVDE que deixaram os clientes em sítios errados ou que se recusaram a levá-los ao local correto, alegando problemas do GPS, mas a barreira linguística é quase sempre um dos maiores problemas.

Sem falarem português ou inglês básico, há quem questione também como conseguem estes motoristas concluir a formação inicial, que é ensinada em português, e como conseguem obter o certificado de motorista de TVDE, que permite que andem na estrada.

Wilson Teixeira, que está no setor há alguns anos relata que “as provas que é preciso fazer são testes de escolha múltipla, e consegue-se copiar”. “È quase um trabalho de grupo, copiavam uns pelos outros”, relata sobre a sua experiência, afirmando que, quando fez o teste, cerca de 90% dos presentes não falava português.

O IMT garante que a fiscalização nunca deixou de existir, quer aos motoristas de TVDE, nas estradas, quer nas entidades formadoras. O mesmo organismo confirma que existem atualmente em Portugal mais de 55 mil licenças de motorista de TVDE válidas, e que existem 13 operadores de plataforma, só 3 a exercer neste momento, incluindo a Uber e a Bolt.

Perante os relatos também de insegurança, sentida pelos clientes, as autoridades estão a apertar a vigilância. A PSP tem reforçado as ações de fiscalização. No ano passado, foram levantados 288 autos relativos a infrações praticadas por condutores de TVDE, e este ano, só entre janeiro e abril, já se contam pelo menos 145.

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