Ativos de risco divididos entre “preocupações bancárias e impacto positivo das taxas de juros mais baixas”, explica Diretor-Geral da Ebury

A semana passada foi marcada pelos desenvolvimentos do colapso do Silicon Valley Bank e também da fusão forçada do Credit Suisse com o UBS, que acalmou temporariamente as preocupações dos bancos europeus.

Para além destes acontecimentos, a Reserva Federal norte-americana anunciou mais um aumento nas taxas de juro, este considerado mais “dovish”, e o receio de uma redução no crédito bancário nos EUA levaram os rendimentos do tesouro a cair acentuadamente.

“Os ativos de risco ficaram divididos entre as preocupações bancárias e o impacto positivo das taxas de juros mais baixas e terminaram a semana praticamente inalterados, enquanto a maioria das moedas dos mercados emergentes subiu”, explicou à Executive Digest David Brito, Diretor-Geral da Ebury.

“A volatilidade está a aumentar em todos os mercados, especialmente nos mercados de renda fixa”, acrescentou.

Do lado europeu, “o contraste entre a retórica hawkish do BCE e a subida dovish da Fed nesta semana, juntamente com os números do sentimento empresarial do PMI em março, impulsionaram a moeda comum na primeira metade da semana”.

No entanto, alerta a Ebury, os rumores no Deutsche Bank e o nervosismo geral forçaram o banco a desistir dos seus ganhos na sexta-feira, “o que ilustra a volatilidade e o nervosismo nos mercados”.

No entanto, estes rumores foram desmentidos pelo primeiro-ministro alemão, o que fez com que o euro terminasse a semana modestamente valorizado em relação ao dólar.

Para esta semana, destacam-se as divulgações dos relatórios de inflação por um lado e eventuais manchetes bancárias por outro. O relatório de inflação instantânea da Zona Euro para março, será o foco da semana.

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