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Ativistas climáticos alvo de 23 processos-crime do Ministério Público em Lisboa no último ano. Em dois meses, foram abertos nove casos
No último ano foram abertos 23 processos-crime contra ativistas pelo clima, sendo que em nove casos os jovens foram indiciados em outubro e novembro e que “correram termos no Juízo de Pequena Criminalidade de Lisboa”, segundo indica o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
A informação é avançada ao Expresso, e o Ministério Público acrescenta que em causa estão crimes como desobediência, desobediência qualificada, atentado à segurança de transporte rodoviário, dano qualificado ou resistência e coação.
Tratam-se dos casos, que se têm multiplicado nos últimos meses, de ações de ocupação e bloqueio da entrada de escolas, empresas, ministérios, eventos, ruas e estradas de Lisboa, ataques com tinta contra obras de arte, conferências e ministros.
Dos nove processos abertos entre outubro e novembro, dois já tiveram julgamento sumário: o caso dos ativistas que bloquearam a Segunda Circular e que acabaram condenados a uma pena de prisão, substituída por 120 dias de multa (que para um dos três jovens chega a mil euros), e o bloqueio à Rua de São Bentos, organizado também por três ativistas do Climáximo. Neste último caso também acabaram condenados, a “pena de um ano de prisão, substituída por 140 dias de multa”.
O DIAP de Lisboa adianta ainda que correm outros 14 inquéritos a serem investigados, sendo que 11 incidem sobre factos ocorridos nos últimos dois meses.