Atingida pela crise no mercado petrolífero, Saudi Aramco despede centenas de trabalhadores

A crise do mercado petrolífero, desencadeada pela pandemia do novo coronavírus, está a fazer estremecer a saudita Saudi Aramco, que prepara-se cortar centenas de postos de trabalho, avança a “Bloomberg”.

A gigante do petróleo, que emprega sete mil pessoas, começou a despedir já este mês, segundo duas fontes próximas do processo, citadas pela agência “Reuters”. A maioria são estrangeiros.

Outra fonte disse à “Reuters” que tinham sido dispensadas 500 pessoas, algumas por alegada baixa perfomance. A mesma fonte defendeu, inclusive, que estes cortes são feitos todos os anos na Aramco.

«A Aramco está a adaptar-se ao ambiente empresarial altamente complexo e em rápida mudança causado pela pandemia da Covid-19. Nós actualizamos constantemente nossa despesa operacional para manter a excelência operacional e a rentabilidade», defendeu a Aramco, a maior petrolífera do mundo, numa declaração citada pela “Reuters”. Sem adiantar grandes detalhes, acrescentou apenas que «todas as medidas são concebidas para proporcionar mais agilidade, resiliência e competitividade, com foco no crescimento a longo prazo»:

A petrolífera pública saudita anunciou lucros líquidos de 16.660 milhões de dólares (15.401 milhões de euros) no primeiro trimestre, menos 25% que no mesmo período de 2019.

Em Maio, recorde-se que o Governo da Arábia Saudita exigiu à Aramco uma redução «voluntária» adicional de um milhão de barris por dia da produção a partir deste mês, aumentando o corte acordado com os países da OPEP+ a 12 de Abril.

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