Atenção pais: Há greve nacional de professores na terça-feira. Escolas já estão a avisar que podem não abrir

Vários sindicatos de profissionais da educação da plataforma que inclui nove organizações sindicais (Fenprof, ASPL, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU) convocaram greve nacional de professores para a próxima terça-feira, dia 6 de junho, e também duas grandes manifestações nacionais, em Lisboa e no Porto. Sem lugar a serviços mínimos, é expectável que muitas escolas não tenham condições de abrir portas no dia dos protestos.

A Executive Digest sabe que, perante esta realidade da greve de professores, convocada pelos vários sindicatos, algumas escolas já começaram a avisar os encarregados de educação que poderão não abrir.

“Vimos informar que em virtude de estar convocada uma greve do pessoal docente par o dia 06 de junho de 2023, poderá não ser possível assegurar o normal funcionamento da escola”, lê-se numa missiva enviada aos pais e encarregados de educação de um estabelecimento de ensino em Lisboa, a que a Executive Digest teve acesso.

Recorde-se que o anúncio da convocação da greve anúncio foi feito aos jornalistas pelo secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, após a reunião suplementar sobre um novo regime de recrutamento e colocação de professores, que terminou sem acordo, em março deste ano.

Além da recuperação de todo o tempo de serviço (para os professores que lecionam em Portugal continental), a Fenprof exige que sejam resolvidas questões como a aposentação e a mobilidade por doença.

À Executive Digest, José Feliciano Costa, secretário-geral adjunto da Fenprof, assegura que há expetativa de grande adesão à greve e às manifestações.

O responsável admite “expetativas de grande adesão” à greve de dia 6 de junho (simbolicamente na data 6-6-23, pelos 6 anos, seis meses e 23 dias congelados na carreira docente), e uma “forte expressão e participação” nas manifestações de Lisboa e Porto, que acontecem no mesmo dia.

“Os professores estão cansados, mas é importante que percebam que neste momento parar a luta não é solução. Se não houver adesão, pode o ME pensar que os professores afinal estão contentes com o que têm. Mas não podem estar porque não têm nada”, alerta José Feliciano Costa, apelando à participação de todos os docentes nas ações de luta, e indicando que a Fenprof tem estado a difundir este apelo à participação pelas escolas.

Recordando que mais do que a carreira docente, o objetivo desta luta “é a defesa da Escola Pública”, o sindicalista deixa um aviso: se a posição do ministro João Costa e da sua equipa não mudar, o próximo ano letivo irá arrancar com novos protestos.

“Para o ano, se entretanto não se resolverem as coisas, vamos ter que iniciar o ano letivo com outras formas de luta. Vamos ver o que vamos fazer, mas assim não pode ficar”, termina o secretário-geral da Fenprof em entrevista à Executive Digest.

Recorde-se que as 9 estruturas sindicais que integram a plataforma informal convocaram também greve aos exames nacionais, provas de aferição e avaliações finais, tendo o Ministério da Educação solicitado que sejam decretados serviços mínimos.

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