Até chegar a vacina contra a Covid-19 os testes rápidos e baratos podem ser a solução?

Enquanto o mundo aguarda que as primeiras vacinas contra a Covid-19 se tornem uma realidade, estão a ser desenvolvidas outras formas e métodos para controlar a pandemia. Detectar os contágios tem sido um dos grandes desafios desde o surgimento dos primeiros casos de Covid-19. O desafio passa também por realizar mais testes, mais rápidos e mais baratos.

Várias empresas multinacionais estão a multiplicar a produção de testes antigénicos – que detectam a presença do componente do vírus – em menos tempo, enquanto outros sistemas, tais como testes à base de saliva, estão a ser desenvolvidos.

O teste por ‘excelência’ é o PCR. Graças à sequência genética do vírus, tem sido utilizado desde o início da pandemia e é mais eficaz para identificar os casos positivos e também os negativos. Contudo, o PCR requer equipamento dispendioso, pessoal formado, reagentes específicos e os resultados do teste podem demorar vários dias.

Testes mais rápidos, mais baratos e mais fáceis poderiam ajudar a fornecer uma imagem mais realista da evolução dos surtos, além de facilitarem a monitorização dos casos e os possíveis contágios.

A revista científica Nature menciona a Índia, um dos países onde a pandemia está mais descontrolada. A aposta em testes rápidos significou que, no final de Agosto, a Índia já estava a fazer mais de um milhão de testes por dia, o que provavelmente contribuiu, pelo menos, para abrandar a propagação da Covid-19.

A Itália também já incorporou estes testes nos seus aeroportos para passageiros que chegam das zonas com mais casos.

Embora geralmente se fale de testes rápidos, existe uma grande variedade de opções que “detectam anticorpos ou antigénios, embora com uma técnica muito menos sensível e específica do que a PCR”, explica Miguel Ángel Llamas, professor associado da Universidade Complutense de Madrid, à Teknautas.

A vantagem, além da sua rapidez e facilidade de utilização, é que pode ser realizado a um custo entre dois e seis euros (em comparação com o custo médio do PCR, que se situa entre 10 e 20 euros).

De acordo com um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), os mais recentes testes antigénicos funcionam bem para detectar doentes com sintomas nos primeiros dias da doença e mesmo pessoas infectadas que ainda não desenvolveram sintomas (um a três dias antes) se tiverem cargas virais elevadas.

A OMS salienta que oferecem a possibilidade de detecção rápida, barata e precoce, e considera que esta tecnologia pode contribuir para a gestão de surtos.

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