Até as commodities baixam a cabeça a Xi Jinping. Bastou um alerta de Pequim e o preço das matérias-primas desceu

As principais commodities ligadas à construção e à indústria, como o ferro, o carvão e vergalhão (um tipo de metal específico utilizado na produção do cimento) caíram cerca de 5% na bolsa chinesa, uma reação financeira clara ao anúncio de Pequim que alertou para a inflação dos preços das matérias-primas e prometeu combater a inflação.

“Algumas das medidas podem ter um impacto imediato no equilíbrio da oferta e da procura, basta por exemplo que o Governo decida reservar algumas matérias-primas para o domínio público, de forma a alimentar as empresas estatais que o preços alteram-se por completo”, explica, Yanting Zhou, economista-chefe da Wood Mackenzie.

O alerta de Pequim sobre o mercado sobreaquecido surge após uma subida de 30% a 40% em vários minérios desde o fim de 2020. Em grande parte o aumento destes preços é alimentado por uma recuperação sincronizada nos gigantes chineses da construção.

O índice de preços ao produtor da China, que mede a variação dos custos que os fabricantes pagam pelos materiais, subiu 6,8% em abril em relação ao ano anterior. Estes números devem ser lidos com cautela, devido à pandemia que destruiu a economia global em 2020, ainda assim é o aumento mais rápido desde outubro de 2017 e um crescimento considerável de 4,4% face a março.

No final do ano passado, a China foi o maior consumidor de metal do mundo. Desde contentores a chaves, Pequim está cada vez mais dependente destes minérios, um problema para o seu adversário principal, os EUA, que estão neste momento num novo boom da construção.






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