As fortunas do milénio: Estes foram os homens mais ricos dos últimos 1.000 anos
A riqueza conquista-se e também se herda. Ao longo dos últimos 1.000 anos as pessoas mais poderosas foram monarcas, mercadores, papas e agiotas com fins bons e maus.
O ‘Expansión’ reuniu os 10 mais notáveis, ordenados cronologicamente:
Almanzor (938-1002)
O líder árabe, nascido com o nome de Mohamed Ibn Abdullah Ibn Abu Amir, chegou ao poder em 979 cortejando a concubina favorita do califa. Ele se renomeou como Al-Mansur, “o vitorioso”, pelos seus ataques bem-sucedidos aos territórios da Espanha cristã a partir de seu palácio de Medina Alzahira, nos arredores de Córdoba.
A sua fortuna de seis milhões de peças de ouro da época surgiu do saque de cidades de Castela, Catalunha, Aragão, Galiza e Portugal.
Basílio II (958-1025)
Ao seu controlo, o Império Bizantino tornou-se o reino mais poderoso da Europa. Ele alcançou a fama com o apelido de “Assassino Búlgaro” após causar um massacre ao anexar a Bulgária em 1018. O império floresceu graças ao comércio de seda púrpura real, o tecido mais valorizado pelos monarcas europeus da época.
As câmaras subterrâneas de Basílio II continham uma enorme reserva de ouro proveniente do confisco de terras e do monopólio da seda.
Mahmud de Ghazni (971-1030)
Durante 25 anos, Mahamud foi um governante afegão do Império Ghaznavid, o primeiro a receber o título de sultão. Todos os anos, ele invadia o norte da Índia para saquear templos e capturar escravos. A sua riqueza veio desses ataques.
Tenkaminen (século 11)
Conhecido como o “rei de África”, Tenkaminen governou o Reino do Gana entre 1062 e 1076. Conseguiu discretamente assumir a gestão de todo o comércio de ouro através do Deserto do Saara e era conhecido por guardar as maiores peças de ouro encontradas nas minas.
Al-Mustansir (1029-1094)
Al-Mustansir, o mais rico dos califas fatímidas, viajou por toda parte sob um guarda-chuva dourado incrustado de joias. A partir do Cairo governou a maior parte do Norte de África durante quase 60 anos e enriqueceu o seu império através do comércio de ouro e joias nas prósperas rotas comerciais do Mar Vermelho. No entanto, a prosperidade de Al-Mustansir foi afetada pela peste e pela fome que atingiu suas terras em 1070.
Suryavarman II (morreu por volta de 1150)
A sua riqueza vem da troca de presas de elefante, chifres de rinoceronte e penas de pássaros exóticos por ouro. Ele era conhecido por viajar sentado num trono de pele de leão, montado num elefante com presas revestidas de ouro e cercado por centenas de jovens mulheres que carregavam as placas de ouro e prata, lanças e escudos do rei.
Henrique Dandolo (1107-1205)
Cego, liderou a Quarta Cruzada e financiou o exército para capturar Constantinopla dos “infiéis”. Tornou-se embaixador na cidade, apropriou-se das riquezas e enviou o valioso mármore ao filho para a construção do Palazzo di Dandolo no Grande Canal, em Veneza.
Inocêncio III (1160-1216)
Foi o 176º papa da Igreja Católica de 1198 a 1216. Durante o auge de seu poder, controlou os cofres públicos que estavam cheios de impostos reais. Estabeleceu-se como o único responsável pela absolvição dos pecados dos fiéis, de quem cobrava uma taxa em troca do perdão. Supervisionou duas cruzadas, o que aumentou ainda mais o tesouro da Igreja. À medida que a riquexa crescia, ele contratou banqueiros italianos para administrar os fundos papais.
Gêngis Khan (1162-1227)
Se a riqueza fosse medida pelas terras conquistadas, Genghis Khan estaria entre as pessoas mais ricas de todos os tempos. Começou sua carreira ao unir tribos mongóis rivais e depois assumiu o controlo do que hoje é a China, o Irão, o Iraque, a Birmânia, o Vietnam e a maior parte da Coreia e da Rússia. Genghis Khan conquistou tanto por diversão quanto por saque.
Kublai Khan (1215-1294)
Neto de Genghis Khan, estabeleceu a dinastia Yuan na China e a sua principal contribuição para a economia foi a promoção do papel-moeda, forçando o seu uso sob pena de punição ou confisco de ouro e prata dos infratores.