As fortunas destes bilionários caíram 134,83 mil milhões de euros este ano

Os maiores perdedores bilionários deste ano – os 10 magnatas que mais perderam dinheiro em 2021 – viram o seu património líquido cair coletivamente 134,83 mil milhões de euros (152 mil milhões de dólares).

Os bilionários chineses, que lideraram o crescimento da riqueza mundial no ano passado, estão apenas 4% mais ricos do que há um ano como um todo, em comparação com um ganho de 60% no ano passado.

Para medir as fortunas desses magnatas, a ‘Forbes’ avaliou as mudanças no património líquido de 2.660 bilionários entre 31 de dezembro de 2020 e 10 de dezembro deste ano, calculando também os maiores perdedores em termos de dólares, levando em consideração apenas aqueles com investimentos em empresas de capital aberto.

 

1- Colin Zheng Huang

País: China

Perdas: 35,66 mil milhões de euros (40,2 mil milhões de dólares)

Património líquido: 19,87 mil milhões de euros (22,4 mil milhões de dólares)

A repressão regulatória da China atingiu fortemente a fortuna de Huang, o fundador da plataforma de comércio eletrónico Pinduoduo. O bilionário perdeu 64% de sua fortuna este ano, pois as ações da Pinduoduo caíram aproximadamente na mesma quantidade.

 

2- Jack Ma

País: China

Perdas: 18,98 mil milhões de euros (21,4 mil milhões de dólares)

Património líquido: 32,82 mil milhões de euros (37 mil milhões de dólares)

Ma, que já foi a pessoa mais rica da China, esteve durante uma grande parte deste ano afastado do público depois de os reguladores do governo terem tomado medidas severas contra as suas empresas. Os reguladores chineses anularam pela primeira vez a IPO planeada de 35 mil milhões de dólares da Ant Group, fintech da Alibaba em novembro do ano passado. Em seguida, atingiram o Alibaba, o gigante do comércio eletrónico cofundado por Ma, com uma multa de 2,8 mil milhões de dólares em abril.

 

3- Hui Ka Yan

País: China

Perdas: 15,97 mil milhões de euros (18 mil milhões de dólares)

Património líquido: 8,07 mil milhões de euros (9,1 mil milhões de dólares)

Hui é um dos maiores perdedores bilionários pelo segundo ano consecutivo, tendo perdido milhares de milhões durante a crise financeira em curso no Evergrande Group. A gigante imobiliária, que o mesmo fundou e à qual preside, deixou de pagar a sua dívida com investidores globais pela primeira vez em dezembro. Para tentar manter a empresa viva, Hui terá injetado recentemente mil milhões de dólares da sua fortuna pessoal.

 

4- Zhang Yong

País: Singapura

Perdas: 14,10 mil milhões de euros (15,9 mil milhões de dólares)

Património líquido: 6,74 mil milhões de euros (7,6 mil milhões de dólares)

Zhang é o fundador e presidente da Haidilao, a maior rede de restaurantes de hotpot da China. Devido ao rápido crescimento, a gigante dos restaurantes fez a aposta arriscada de passar por uma grande expansão durante a pandemia, duplicando o seu número de estabelecimentos para quase 1.600. Contudo, com a novas ondas da pandemia e a cautela do consumidor, a procura não foi suficiente. não houve demanda para corresponder.

Em novembro, a empresa anunciou que iria fechar cerca de 300 lojas até ao final do ano. As ações caíram 71% até 15 de dezembro, deixando Zhang 68% mais pobre.

 

5- Tadashi Yanai

País: Japão

Perdas: 12,42 mil milhões de euros (14 mil milhões de dólares)

Património líquido: 26,97 mil milhões de euros (30,4 mil milhões de dólares)

Yanai perdeu cerca de um terço de sua fortuna este ano depois de as ações da sua empresa de roupas Fast Retailing, dono das marcas populares Uniqlo e Theory, terem caído cerca de 34%. Apesar de as receitas do ano até agosto de 2021 terem crescido 6% e os lucros antes dos impostos terem subido mais de 70% a partir de 2020, o retalhista foi fortemente prejudicado pelas restrições e bloqueios decorrentes da pandemia este ano, incluindo nas suas fábricas no Vietname.

 

6- Lei Jun

País: China

Perdas: 12,42 mil milhões de euros (14 mil milhões de dólares)

Património líquido: 14,46 mil milhões de euros (16,3 mil milhões de dólares)

A fortuna de Lei, o cofundador e presidente da Xiaomi caiu quase metade este ano. Apesar de ter conseguido evitar o escrutínio regulatório que prejudicou outros gigantes chineses da tecnologia, a Xiaomi enfrentou os problemas da cadeia de abastecimento – escassez global de chips.

 

7- Masayoshi Son

País: Japão

Perdas: 12,06 mil milhões de euros (13,6 mil milhões de dólares)

Património líquido: 22,26 mil milhões de euros (25,1 mil milhões de dólares)

A incerteza que preocupa as empresas chinesas também teve um grande impacto sobre Masayoshi Son, o fundador e CEO do gigante de investimentos japonês Softbank Group. O Softbank tem várias empresas chinesas de tecnologia entre os seus principais investimentos, como a Alibaba, que é a sua empresa mais valiosa, e a aplicação Didi Global. A ofensiva do governo chinês contra essas empresas, bem como a queda do valor de alguns dos IPOs mais importantes do Softbank, levou a uma perda recorde de 6,48 mil milhões de euros (7,3 mil milhões de dólares) para o Vision Fund da Softbank nos três meses que terminaram em 30 de setembro.

 

8- Daniel Gilbert

País: EUA

Perdas: 11,71 mil milhões de euros (13,2 mil milhões de dólares)

Património líquido: 26,26 mil milhões de euros (29,6 mil milhões de dólares)

Foi um ano tumultuoso para o preço das ações da Rocket Companies de Dan Gilbert. As ações do credor online caíram 62% desde o pico em 15 de dezembro, devido a uma desaceleração nas receitas e lucros do boom do ciclo de 2020, quando o refinanciamento de hipotecas disparou.

 

9- Zhang Bangxin

País: China

Perdas: 10,02 mil milhões de euros (11,3 mil milhões de dólares)

Património líquido: 1,06 mil milhões de euros (1,2 mil milhões de dólares)

As ações de empresas como a TAL Education tombaram quando os reguladores revelaram novas regras rígidas, incluindo a proibição de levantar capital de investidores estrangeiros e a exigência de que empresas de tutoria que ensinem disciplinas escolares se registem como organizações sem fins lucrativos.

 

10- Zhong Huijuan

País: China

Perdas: 9,23 mil milhões de euros (10,4 mil milhões de dólares)

Património líquido: 8,87 mil milhões de euros (10 mil milhões de dólares)

Zhong é a fundadora, presidente e CEO da farmacêutica chinesa Hansoh Pharmaceutical. Tornou-se uma das mulheres mais ricas do mundo depois de liderar a empresa num IPO em 2019, após a qual as suas ações subiram mais de 130%. Zhong e a sua filha possuem mais de três quartos da empresa..

Contudo, este ano as ações caíram mais de 50%, o que levou à queda da riqueza de Zhong em 51%.

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