Arrendamento temporário é “alternativa atrativa” ao alojamento local. Oferta disparou quase 40% no ano passado

Durante o ano de 2023 assistiu-se a um crescimento significativo dos arrendamentos temporários (de 1 a 11 meses), tendo atingido os 10% no último trimestre de 2023, e disparado 36% na oferta.

“Como já tínhamos assistido no stock de arrendamento de longa duração, as medidas implementadas no setor habitacional parecem estar a impactar o mercado de arrendamento, com um aumento significativo na oferta de casas para arrendar em Portugal. Restrições no Alojamento Local, o fim do regime de Residentes Não Habituais (RNH) e a redução de impostos sobre as rendas podem também estar a contribuir para um reforço da disponibilidade de imóveis no mercado”, explica Ruben Marques, porta-voz do idealista.

O especialista sublinha ainda que, com esta modalidade, “os proprietários parecem encontrar no arrendamento temporário uma alternativa atrativa ao alojamento local, visando otimizar o retorno financeiro e adaptar-se às dinâmicas variáveis do mercado imobiliário”.

Segundo um estudo realizado pelo idealista, os maiores aumentos na oferta deste tipo de arrendamento aconteceram em pequenos mercados onde não existia, até agora, este tipo de solução, como é o caso de Vila Real (200%), Guarda (100%) e Leiria (100%).

Seguem-se as cidades de Braga (93%), Évora (75%), Lisboa (68%), Viseu (50%), Setúbal (46%), Coimbra (35%), Faro (29%) e Ponta Delgada (29%).

Os dados mostram ainda que em Ponta Delgada, 18% das habitações disponíveis destinam-se ao arrendamento de curta duração, enquanto em Faro, a percentagem é de 17% do total. Seguem-se Évora (13%), Funchal (11%), Lisboa (10%), Guarda (10%). Abaixo destes valores, encontram-se os mercados de Viana do Castelo (9%), Vila Real (8%), Porto (8%), Aveiro (7%), Coimbra (6,8%), Portalegre (6,7%), Setúbal (6,7%), Braga (6,6%), Leiria (6%) e Castelo Branco (5,1%).

Por outro lado, este tipo de arrendamento de curta duração é menos expressivo em Viseu (2,9%) e Santarém (2,7%). Já em Beja e Bragança é praticamente inexistente.