Arrendamento: Portugal é o país europeu mais sensível à taxa de inflação

Portugal é o país da Europa que apresenta o maior coeficiente de correlação entre a evolução da taxa de inflação e a do preço médio de arrendamento, de acordo com dados apurados num estudo realizado pelo grupo OLX, que tinha como intuito analisar a evolução do preço, da procura e da oferta de apartamentos, moradias e terrenos nos 13 mercados em que o grupo está presente – Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Indonésia, Portugal, Ucrânia, Uruguai, Roménia, Rússia, Bulgária e Polónia.

Num documento enviado esta terça-feira às redações, é indicado que o preço de apartamentos para venda mostra evidências de estar em crescimento na Europa, estando em queda no resto do mundo, enquanto o preço de arrendamento está a descer na maioria dos países analisados.

No Velho Continente, Portugal foi o único país a registar uma quebra (-1%) no preço dos apartamentos para venda, tendo registado a maior descida (-11%) de todos os mercados em análise quanto ao arrendamento, tal como a Bulgária.

No que diz respeito aos preços dos terrenos, verifica-se uma tendência de aumento generalizada, não obstante algumas oscilações ao longo do último ano, mas a tendência de subida é generalizada. Enquanto Portugal apresenta um crescimento de 6%, o Brasil reporta uma quebra bastante significativa (-25%).

Na mesma nota divulgada pelo Imovirtual, é referido que, quanto ao número de novos anúncios e anúncios ativos de apartamentos para arrendamento, registou-se um aumento significativo em todos os mercados analisados, tendo sido Portugal o país europeu no qual se registaram maiores subidas, com 68% e 95%, respetivamente.

No mercado de venda, verificou-se uma quebra generalizada de novos anúncios, bem como de anúncios ativos, sendo que nos terrenos para venda registou-se igualmente uma quebra global em termos de novos anúncios nos mesmos países em análise.

“Mesmo considerando as diversas realidades socioeconómicas dos países em causa, bem como as diferentes políticas assumidas pelos respetivos Governo no combate à pandemia, este estudo é bastante útil para uma análise mais macro do setor do imobiliário e, sobretudo, para ajudar a interpretar os dados partilhados regularmente pelo Imovirtual referentes ao mercado português. É possível identificarem-se algumas tendências relevantes que devem ser tidas em conta por profissionais, consumidores, investidores, decisores políticos, entre outros, para se definir os próximos passos do setor”, observou o diretor geral do Imovirtual, Ricardo Feferbaum.

As informações divulgadas no estudo dizem respeito ao comparativo do 1.º trimestre de 2020 com o 4.º trimestre do mesmo ano.

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