Arrendamento de luxo abranda no mundo todo, mas continua a crescer nestas três cidades portuguesas
O mercado das rendas no setor do imobiliário de luxo está a começar a abrandar em todo o mundo, com a taxa anual a ficar nos 5,2% considerando os últimos 12 meses. No entanto, há 3 cidades portuguesas que continuam a crescer.
De acordo com o Prime Global Rental Index, o mais recente relatório da Knight Frank, parceira da portuguesa Quintela e Penalva, o valor registado é inferior aos 8,1% registados no segundo trimestre e representa o nível mais baixo observado desde o terceiro trimestre de 2021.
Isto indica uma moderação significativa no ritmo de aumento dos arrendamentos. Essa desaceleração é atribuída principalmente ao desequilíbrio entre oferta e procura, embora a procura por propriedades de luxo permaneça forte, a capacidade dos inquilinos de acompanhar os aumentos dos preços está a ser afetada pela acessibilidade financeira.
O Prime Global Rental Index, que abrange 10 cidades globais (Sydney, Auckland, Londres, Singapura, Genebra, Toronto, Mónaco, Tóquio, Hong Kong e Nova Iorque), mostra que, Nova Iorque, por exemplo, registrou uma queda nas rendas de luxo em todos os meses dos últimos trimestres, enquanto Londres apresenta um crescimento anual de 7,9%, o mais baixo em dois anos. Por outro lado, Sydney lidera a lista com um impressionante crescimento anual de 18,1%.
No contexto português, o mercado de arrendamento continuou a demonstrar crescimento ao longo de 2023. O Porto destaca-se com um aumento de 15,9%, seguido por Cascais com 12,5% e Lisboa com 12,3%. Esse aumento é impulsionado pela persistente escassez de oferta em relação à procura e pelo crescente interesse de investidores em projetos de compra para arrendamento.
Além disso, o Porto tem chamado a atenção global não apenas pela sua qualidade de vida, mas também pelos preços atrativos dos novos projetos que oferecem altos rendimentos de arrendamento.
O relatório indica que, nos últimos três anos, os principais mercados globais de arrendamento de luxo experimentaram um boom impulsionado pela combinação de baixa oferta de novas construções e forte procura, apoiada por mercados de trabalho robustos. Embora haja um abrandamento atual nas taxas de crescimento de arrendamentos, espera-se que os mercados de arrendamento normalizem ao longo de 2024.
