Arábia Saudita promete provas de que o Irão foi o responsável pelo último ataque

A Arábia Saudita disse que mostraria hoje evidências que relacionam o rival regional Teerão a um ataque sem precedentes à sua indústria petrolífera, que Washington acredita vir do Irão.

Teerão negou envolvimento nos ataques de 14 de Setembro às usinas de petróleo, incluindo a maior instalação de processamento de petróleo do mundo, que inicialmente derrubou metade da produção da Arábia Saudita.

“Não queremos conflitos na região… Quem iniciou o conflito?”, disse o presidente do Irão, Hassan Rouhani, na quarta-feira, culpando Washington e Riad pela guerra no Iêmen, avança a Reuteurs.

O grupo Houthi do Iémen, um aliado do Irão, assumiu a responsabilidade e disse que usava drones para atacar a empresa estatal de petróleo Aramco.

O secretário de Estado Mike Pompeo e outras autoridades americanas foram para a Arábia Saudita. Especialistas da ONU que monitorizam as sanções contra o Irã e o Iémen também partiram para o reino, disse à Reuters o enviado saudita da ONU.

Evidências concretas mostram a responsabilidade iraniana, se tornadas públicas, podem pressionar Riad e Washington a dar uma resposta, embora o presidente dos EUA, Donald Trump, tenha dito que não quer guerra.

De acordo com a Reuters, o Ministério da Defesa da Arábia Saudita disse que realizará uma entrevista colectiva esta quarta-feira para apresentar “evidências materiais e armas iranianas que comprovam o envolvimento do regime iraniano no ataque terrorista”. Riad já referiu que resultados preliminares mostram que o ataque não veio do Iémen.

Uma autoridade dos EUA disse à Reuters que os ataques se originaram no sudeste do Irão. Três funcionários disseram que envolveram mísseis de cruzeiro e drones, indicando um maior grau de complexidade e sofisticação do que se pensava inicialmente.

Alguns aliados dos EUA, assim como os do Irã, pediram provas das acusações de que Teerão foi responsável pelo ataque que cortou 5% da produção global. A Arábia Saudita, o maior exportador mundial de petróleo, disse na terça-feira que os 5,7 milhões de barris por dia de produção serão totalmente restaurados até o final do mês.

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