Após dois anos de atraso: Boeing deve estrear esta segunda-feira o primeiro voo tripulado à Estação Espacial Internacional

A construtora de aviões norte-americana Boeing deverá estrear-se esta segunda-feira num voo tripulado à Estação Espacial Internacional (EEI) com a nave Starliner, que será lançada para uma missão de teste de duas semanas após diversos atrasos.

“Estamos em boa forma”, declarou, após o anúncio da nova data do voo tripulado, o vice-presidente do Programa de Tripulação Comercial da Boeing, Mark Nappi, numa videoconferência, assinalando que a companhia está a cumprir com sucesso todos os testes necessários para o lançamento da Starliner, num foguetão da United Launch Alliance, a partir de Cabo Canaveral, na Florida, Estados Unidos.

O lançamento será feito após ter sofrido sucessivos adiamentos, o último dos quais no ano passado devido a problemas técnicos.

Se a Boeing for bem-sucedida nesta missão de teste, que levará a bordo dois astronautas da agência espacial norte-americana (NASA), a companhia poderá enviar o primeiro voo comercial da Starliner à Estação Espacial Internacional até dezembro depois de obtidas as devidas certificações.

Neste contexto, a Boeing tornar-se-á no segundo fornecedor da NASA para voos tripulados e de carga para a EEI, depois da SpaceX, empresa do magnata Elon Musk.

A nave Starliner é reutilizável e tem capacidade para transportar sete pessoas, mas as missões tripuladas encomendadas pela NASA à Boeing preveem quatro ou cinco astronautas.

O piloto do CTF (sigla para Voo Tripulado de Teste) da Starliner será Barry “Butch” Wilmore, ex-piloto do programa espacial da NASA e visitante da ISS por duas vezes. Ao lado estará Suni Williams, que conta com duas missões espaciais no currículo. Em 2007, tornou-se a primeira pessoa a “correr uma maratona” no espaço, quando correu na passadeira da estação por mais de quatro horas. Além desta dupla, o astronauta da NASA e três vezes residente da estação espacial Mike Fincke foi escalado como piloto reserva da missão.

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