“Apesar de três em cada quatro organizações ter detetado ataques de ransomware precocemente, metade ainda foi vítima”, diz especialista da Fortinet

Um estudo recente mostra que 78% das organizações afirma estar preparada para ataques de ransomware, no entanto, metade já foi vítima dos cibercriminosos. “É essencial uma abordagem holística à cibersegurança que vá além do investimento em tecnologias essenciais e dê prioridade à formação.”

John Maddison, EVP Products e CMO da Fortinet, baseia-se nos dados do Relatório Global Ransomware 2023 da Fortinet para revelar que “apesar de três em cada quatro organizações ter detetado ataques de ransomware precocemente, metade ainda foi vítima. Estes resultados mostram a urgência de ir além da simples deteção para uma resposta em tempo real. No entanto, isto é apenas parte da solução, uma vez que as organizações afirmam que os principais desafios na prevenção de ataques estão relacionados com as suas pessoas e processos”.

O estudo revela que existe uma grande desconexão entre o nível de preparação dos inquiridos com as estratégias existentes e a sua capacidade de interromper um ataque de ransomware.

Apesar de 78% das organizações terem afirmado que estavam “muito” ou “extremamente” preparadas para mitigar um ataque, o estudo revela que 50% foram vítimas de ransomware no último ano, sendo que quase metade foi alvo de dois ou mais ataques.

As principais conclusões de um inquérito realizado a 569 líderes de cibersegurança de 31 locais diferentes em todo o mundo, mostram que a ameaça global de ransomware mantém-se em níveis elevados, com metade das organizações, de todas as dimensões, regiões e setores, a serem vítimas durante o último ano.

Para além disso, aponta como principais desafios para impedir um ataque de ransomware as pessoas e os processos, com muitas das organizações a não saberem como se proteger contra a ameaça.

Alertam ainda que há uma variedade de tecnologias consideradas essenciais para prevenir o ransomware, com a esmagadora maioria a priorizar uma abordagem integrada de segurança, e que os orçamentos em segurança vão aumentar no próximo ano.

Os dados revelam ainda que quase três quartos dos inquiridos efetuaram algum tipo de pagamento de resgate, sendo que as organizações do setor da indústria transformadora receberam resgates mais elevados e eram mais suscetíveis a pagar a taxa.

O relatório constata ainda que as organizações que usam produtos pontuais foram as mais propensas a serem vítimas de um ataque no ano passado, enquanto aquelas que se consolidaram num número menor de plataformas foram as menos propensas a serem vítimas.

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