Ao volante: Novo Seat Ibiza

VISTADIFERENT
A apresentação internacional do novo Seat Ibiza permitiu-nos tomar contacto com duas das versões que prometem ser mais populares no nosso mercado, tanto a gasolina como gasóleo. Começámos pelo modelo equipado com o novo motor 1.0 TSI de 95 cv, com apenas três cilindros, que substitui o tetracilíndrico 1.2 TSI de 90 cv que até aqui locomovia este utilitário da Seat. Apesar da redução da cilindrada e do número de cilindros, a potência sobe ligeiramente (5 cv), enquanto o binário se mantém. O dinamismo da nova unidade surpreende favoravelmente, subindo de regime de forma mais célere e praticamente sem acréscimo de vibrações, anunciando uma velocidade máxima de 187 km/h (em vez de 184) e uma maior facilidade de ultrapassar a fasquia dos 100 km/h (10,4 em vez de 10,7 segundos). Mas as diferenças mais relevantes encontram-se ao nível dos consumos e das emissões, com o tricilíndrico a anunciar uma média de apenas 4,2 litros, contra 4,9 litros do antigo 1.2, a que corresponde uma libertação de 97 gramas de CO2 para atmosfera, em vez das anteriores 116 gramas.
Em estrada sinuosa, o Ibiza com o novo motor digere as curvas sem qualquer dificuldade, conseguindo depois impor um bom ritmo, sendo igualmente evidente uma taragem de amortecedores e molas mais macias e mais viradas para o conforto, digerindo melhor o piso irregular, sem limitar a eficácia. Contudo, para continuar a respeitar o espírito desportivo da marca, o Ibiza adoptou barras estabilizadores mais duras, que controlam o adornar excessivo e melhoram o potencial do modelo em curva. Para além deste argumento, o facto de o novo motor 1.0 TSI ser mais pequeno e leve, em cerca de 15 kg, contribui também para reduzir o peso que incide sobre a frente, o que facilita o trabalho da suspensão e optimiza o comportamento.

Em auto-estrada é mais fácil avaliar a insonorização, que não fica atrás do bloco de quatro cilindros, sendo que o novo tablier aproxima o Ibiza do Leon em termos de materiais e design, elevando a qualidade e a sensação de robustez. A um ritmo reduzido, não é difícil rodar com médias inferiores a 5 litros, que obviamente tendem a aumentar à medida que incrementamos a velocidade, mas acusando sempre valores bastante comedidos, o que torna mais atraente um modelo que é proposto por 17.381 euros, no nível de equipamento mais recheado (Style), com o mais desportivo FR a implicar um investimento adicional de somente 500 euros.
Entre os Diesel, reina o 1.4 TDI de três cilindros, tendo nós optado pela unidade de 90 cv por nos parecer a mais equilibrada. Com força máxima às 1750 rpm, que depois se mantém estável até às 2500, o motor dá provas de preferir trabalhar acima das 1500 rotações, regime a partir do qual as vibrações não são evidentes e o ruído de funcionamento passa até a ser agradável. Com uma velocidade máxima de 182 km/h e a capacidade de passar pelos 100 km/h em menos de 10,9 segundos, este turbodiesel é tudo menos amorfo. Mas o seu grande trunfo reside nos consumos, que anunciam uma média de 3,6 litros, tendo nós conseguido rodar entre 4,5 a 5,0 litros em estrada, para depois baixar para os 4 litros em auto-estrada, a circular dentro dos limites legais. Nada mau para um veículo que, com o equipamento correspondente ao nível Reference, é comercializado por 18.981 euros.






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