António Costa sabia da investigação das autoridades aos negócios do lítio e hidrogénio desde 2020

A investigação aos negócios do lítio e hidrogénio era do conhecimento de António Costa desde 2020, garantiu esta quarta-feira o ‘Correio da Manhã’: “Estou absolutamente descansado”, referiu o primeiro-ministro em novembro desse ano. Em causa estão dois projetos de lítio, um de hidrogénio e outro de um centro de dados em Sines.

Os factos investigados estão relacionados com “as concessões de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas)”, “um projeto de central de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines – apresentado por consórcio que se candidatou ao estatuto de Projetos Importantes de Interesse Comum Europeu (IPCEI)” – e “o projeto de construção de ‘data center’ desenvolvido na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade “Start Campus”.

A investigação do Ministério Público arrancou em 2019 e visou, na altura, o número dois do Governo, Pedro Siza Vieira, então ministro de Estado e da Economia, Matos Fernandes (ministro do Ambiente) e João Galamba (então secretário de Estado Adjunto e da Energia). Siza Vieira foi, entretanto, ilibado da investigação e a atenção das autoridades centrou-se nos demais governantes.

De acordo com o comunicado da Procuradoria-Geral da República, “em causa poderão estar, designadamente, factos suscetíveis de constituir crimes de prevaricação, de corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e de tráfico de influência”.