Antigos economistas do BCE alertam para “armadilha” da dívida da zona euro num cenário de inflação alta

A zona euro poderá enfrentar um novo período de inflação elevada, dado que o aumento das dívidas nacionais reduzem a disposição do Banco Central Europeu de aumentar as taxas de juros com rapidez suficiente, alertaram três antigos presidentes do Banco Central Europeu, segundo o ‘Politico’.

Peter Praet, economista do BCE entre 2011 e 2019 e um dos responsáveis pela introdução de medidas não convencionais, incluindo flexibilização quantitativa, entre outros instrumentos, mostrou-se apreensivo com o efeito dessas mesmas políticas perante o cenário de aumento da inflação.

Os alertas surgiram numa altura em que os riscos da inflação entre economistas e observadores do mercado têm estado em discussão.

Por outro lado, o BCE e a Reserva Federal dos EUA reiteram que a inflação permanecerá controlada, apesar do enorme estímulo fiscal e monetário facultado durante a pandemia.

Segundo os economistas do BCE, a instituição poderá evitar aumentar das taxas por receio das implicações políticas para o financiamento da dívida pelo governo. Apesar de grande parte da dívida da zona do euro ser financiada por taxas de juros muito baixas, a emissão de novas dívidas, bem como a renovação da dívida, ficaria mais cara se as taxas de juros subissem.






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