Antibióticos não reduzem risco de morte em adultos hospitalizados por infeções respiratórias, diz novo estudo

Apesar de serem administrados antibióticos à maioria dos doentes hospitalizados por infeções respiratórias virais comuns, como a gripe, um novo estudo sugere que a prescrição deste medicamento pode não ser a melhor opção.

A análise que será apresentada no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID) na capital da Dinamarca, Copenhaga, defende que uma “prescrição potencialmente desnecessária tem implicações dada a crescente ameaça de resistência aos antibióticos”.

“As lições da pandemia de Covid-19 sugerem que os antibióticos podem não ser administrados de forma segura à maior parte dos doentes com infeções respiratórias virais e que o medo de co-infeções bacterianas pode ser exagerado”, explicou a autora principal da pesquisa e médica no Hospital Universitário de Akershus e da Universidade de Universidade de Oslo, na Noruega, Magrit Jarlsdatter.

Este novo estudo “dá força a esta evidência, sugerindo que é improvável que a administração de antibióticos a pessoas hospitalizadas com infeções respiratórias comuns reduza o risco de morte num prazo de 30 dias”, explicou a médica.

As infeções respiratórias representam cerca de 10% da carga global da doença e são a razão mais comum para a prescrição de antibióticos. No entanto, ainda que muitos casos de infeções virais não respondam a antibióticos, as preocupações com a infecção bacteriana levam a que frequentemente os médicos recorram à prescrição de antibióticos como medida de precaução.






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