Antevisão da COP27: Setor financeiro “tem enfrentado vários desafios”, revela análise da AllianzGI
A 27.ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27) vai ter lugar em Sharm el-Sheikh, no Egito, entre o próximo domingo, dia 6, e 18 de novembro.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é um dos líderes mundiais que já confirmou a sua presença na conferência, o que acontecerá em 11 de novembro, e o primeiro-ministro português, António Costa, também estará presente nos próximos dias 7 e 8, onde defenderá uma transição mais inclusiva e uma repartição mais equilibrada do financiamento climático.
Numa antevisão do que se vai passar na cimeira do clima, Matt Christensen, Diretor Global de Investimento Sustentável e de Impacto, da Allianz Global Investors (AllianzGI), diz que há razões para se estar otimista, apesar de estarmos a enfrentar um ano dominado por pressões económicas e geopolíticas.
O analista dá conta de três pontos essenciais para este ano: o facto de o foco serem os “resultados”, após um ano agitado que também revelou as falhas no nosso atual mix energético, o facto de o setor financeiro estar em destaque e, por fim, a questão de os graves eventos climáticos terem enfatizado a necessidade de manter o foco no clima e nos tópicos da biodiversidade.
“A COP27 procurará alcançar o equilíbrio certo de otimismo e realismo necessário para renovar a solidariedade entre as nações, e a agenda visa alcançar este objectivo através de um alcance mais explícito na biodiversidade e nos fatores sociais”, explica Matt Christensen.
Em termos de prioridades, refere-se ao “elefante na sala” e fala no risco de a “missão política de garantir a segurança energética, o acesso e a acessibilidade de preços a muito curto prazo desacelere uma transição para uma transição energética mais limpa e uma eliminação gradual do carvão”.
E por fim, sobre o progresso do setor financeiro, explica que “tem enfrentado vários desafios, incluindo a obtenção de uma abordagem comum às emissões financiadas e a realização de progressos no financiamento do carvão e na política e prioridades regionais”.