Analistas fazem soar o alarme: aviação afunda à mercê do coronavírus

Nos últimos dois meses, a par da explosão do surto de COVID-19 em todo o mundo, o setor da aviação passou de otimista sobre suas perspetivas para 2020, para um posicionamento de resposta para um impacto financeiro negativo “quase sem precedentes”.

A procura sofreu uma queda assinalável nas últimas semanas, refletindo a ansiedade dos viajantes que decidiram entretanto adiar férias, enquanto as empresas avançaram com a suspensão das viagens de negócios e o cancelamento dos principais eventos e conferências.

As companhias aéreas suspenderam rotas, cancelaram voos e adotaram outras medidas de redução de custos para tentar enfrentar a tempestade, “mas o impacto já está a começar a doer”, frisam os analistas do setor, ouvidos pela Business Insider.

No final de janeiro, quando o surto de coronavírus começou a ganhar força na China e noutras da Ásia, os analistas começaram “a fazer soar o alarme”, no entanto, na altura, os avisos ainda foram moderados. Embora o coronavírus possa representar um risco “substancial” para as viagens aéreas globais e o setor aeroespacial, como disse um analista da Canaccord Genuity, qualquer impacto provavelmente será breve, esperando que a recuperação ocorra rapidamente.

Neste momento, o surto do coronavírus entrou na consciência pública e o cenário mudou drasticamente.

No início desta semana, a Moody’s Investors Service reviu as previsões para o setor global de companhias aéreas de passageiros para “negativo”, um patamar a que não tinha voltado desde o final de 2008, altura em que a crise financeira global devastou esta indústria.

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