Anacom regista mais de 125 mil queixas contra prestadores de comunicações em ano de pandemia

No ano passado, foram feitas mais de 125 mil reclamações escritas contra os prestadores de comunicações, o que corresponde a um aumento de 28% face a 2019, de acordo com a informação divulgada esta segunda-feira pela Anacom (Autoridade Nacional de Comunicações).

Este aumento de mais 27,8 mil reclamações registado em 2020, em comparação com o ano anterior, justifica-se com a maior utilização e dependência dos serviços de comunicações decorrente da pandemia, segundo a Anacom.

Em 2020, “as comunicações eletrónicas foram o setor mais reclamado, com 87,6 mil reclamações, o que corresponde a 70% do total de reclamações, mais 25% face ao período homólogo”. Já os serviços postais foram responsáveis “por 37,9 mil reclamações, cerca de 30% do total de reclamações de 2020, tendo registado um crescimento de 37%” face a 2019.

Dentro do setor das comunicações eletrónicas, a MEO foi o prestador mais reclamado, com 35% das 87,6 mil reclamações sobre telecomunicações. Segue-se a NOS (com 32%), a Vodafone (com 30%) e a Nowo/Oni (com apenas 4%).

A faturação de serviços lidera o ranking dos assuntos mais reclamados, de acordo com a Anacom. É responsável por 27% do total de queixas do setor em 2020. Foi, inclusive, o tema mais reclamado na MEO e Vodafone.

“A faturação de valores considerados indevidos por serviços não prestados ou consumos não realizados e por não concretização de condições acordadas foram as principais queixas e as que mais cresceram face a 2019 em matéria de faturação”, explica a autoridade em comunicado.

Já no setor postal, as reclamações são dominadas pelos atrasos na entrega, sobretudo de encomendas. Foi mencionado “em 38% das cerca de 38 mil reclamações deste setor, mais 7 pontos percentuais face a 2019”. Foi ainda o assunto em que se registou o maior aumento das queixas.

Os CTT – Correios de Portugal lideram as queixas no setor postal. As reclamações de que foram alvo em 2020 aumentaram em 23%, o que perfaz 75% das reclamações totais do setor. Segue-se a DPD, com 18% das reclamações totais, o que corresponde a 6900 queixas – mais 120% face a 2019.

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