Alterações climáticas mudam calendário das alergias: especialista recomenda cuidados
As alterações climáticas estão a mudar o calendário das alergias: a subida generalizada das temperaturas, mesmo no inverno, tem impacto no período de polinização das plantas, o que significa que o pólen anda no ar mais cedo do que o habitual.
“No passado, há 20 anos, tínhamos primavera em abril e maio, ou março e abril. E agora, às vezes, janeiro, fevereiro, março, abril, maio e um novo pico de setembro a dezembro”, explicou, à rádio ‘Antena 1, a alergologista Ana Cristina Morête.
“Isto acaba por se traduzir numa temporada de alergias mais longa e mais difícil”, frisou.
A especialistas recomendou atenção a quem sofre com pólenes. “O doente precisa de perceber que, antecipadamente, tem de começar a sua medicação controladora e tomar os cuidados necessários para diminuir a exposição aos pólenes, o que implica mudanças no dia a dia.”
“Muitas das crises e graves de mal asmático, com necessidade de ingressar nos cuidados intensivos, é precisamente pela rápida degradação da parte respiratória pelos pólenes sem o doente estar a contar”, concluiu a presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia.