Alta velocidade: CEO da Mota-Engil garante que consórcio liderado pela empresa vai apresentar proposta no primeiro concurso

O presidente executivo da Mota-Engil, Carlos Mota dos Santos, garante que o consórcio liderado pela empresa apresentará uma proposta para o primeiro concurso da linha de alta velocidade, especificamente para o trecho Porto-Oiã (Aveiro).

Apesar de reconhecer os desafios de custo e complexidade do projeto, Mota dos Santos afirmou o compromisso do grupo em participar ativamente na licitação, garantiu ao ‘Negócios’.

O consórcio liderado pela Mota-Engil inclui várias construtoras portuguesas – Teixeira Duarte, Casais, Conduril, Gabriel Couto e Alves Ribeiro – além da concessionária Lineas, que é 60% propriedade da Mota-Engil e 40% do fundo espanhol Serena Industrial Partners.

Lançado em janeiro, o concurso para a primeira parceria público-privada (PPP) do projeto de alta velocidade Lisboa-Porto tem um preço-base de 1,66 mil milhões de euros, com possibilidade de adicionar 480 milhões provenientes de fundos europeus, através do Mecanismo Interligar a Europa (CEF). O projeto engloba a reformulação da estação de Campanhã no Porto, a construção de uma nova ponte rodoferroviária sobre o rio Douro, uma nova estação subterrânea em Santo Ovídio (Gaia) conectada ao Metro do Porto, além de um túnel de cerca de seis quilómetros em Vila Nova de Gaia.

O concurso prevê uma concessão de 30 anos, com os primeiros cinco destinados à construção. O critério de adjudicação dá um peso de 70% ao fator preço. As apresentações da Infraestruturas de Portugal (IP) indicam um investimento de 1.978 milhões de euros para a PPP Porto-Oiã e 1.751 milhões para o trecho Oiã-Soure, considerado menos complexo.