ALF: Financiamento especializado em queda até setembro alinhado com trajetória da economia
O financiamento especializado recuou nos primeiros nove meses deste ano, em linha com o comportamento da economia, adiantou a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF).
Em comunicado, a entidade indicou que o ‘factoring’ (cedência de créditos comerciais de curto prazo por parte de uma empresa a uma instituição financeira), nos primeiros nove meses do ano, “registou um decréscimo nos créditos tomados de 8,4%, face ao mesmo período de 2019, com as associadas da ALF a tomarem 22,7 mil milhões de euros em faturas”.
No caso do ‘leasing’ (locação financeira), no período em análise, o volume de investimento “atingiu mais de 1,6 mil milhões de euros, menos 26,5% do que entre janeiro e setembro de 2019 – ano em que se alcançou 2,3 mil milhões de euros em investimentos”, indicou a ALF.
A associação detalhou depois que “até ao final de setembro de 2020, a locação financeira mobiliária observou um investimento de quase 1,2 mil milhões de euros, denotando-se uma quebra de 29,5%” em termos homólogos, sendo que desse total, “745 milhões euros foram investidos na aquisição de 21.663 viaturas ligeiras (572 milhões de euros) e de 2.153 viaturas pesadas (173 milhões de euros)”.
Por sua vez, a locação financeira imobiliária “foi responsável por investimentos totais de 497 milhões de euros em imóveis, assinalando uma queda de 18,5%”, salientou a ALF.
No segmento de ‘renting’ (aluguer operacional de viaturas), ”os resultados revelam uma quebra de 23,2% no número de viaturas adquiridas nos primeiros nove meses do ano, totalizando 19.699 viaturas ligeiras novas, das quais 15.949 de passageiros e 3.750 comerciais” e no “valor de produção, verificou-se um investimento total de 400 milhões de euros, resultando numa quebra de 22,6% face ao período homólogo”, referiu a ALF.
A associação revelou ainda que “a frota gerida pelas empresas de ‘renting’ totalizou as 119.122 viaturas no fecho do 3.º trimestre (93.524 de passageiros e 25.598 comerciais), numa redução ligeira de 0,2%, e representando um valor de 1,9 mil milhões de euros, o que se traduz num crescimento de 2,2% face ao ano anterior”.
No mesmo comunicado, o presidente da ALF, Alexandre Santos, referiu que este é um “momento frágil da recuperação e qualquer previsão nesta fase será muito incerta, embora já [se tenha] iniciado o curso de alguma relativa normalização”.