Alemanha diz que vai prender Netanyahu se este entrar no país: mandado de detenção do TPI isola cada vez mais Israel

A Alemanha vai deter o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se este entrar no país, garante esta quinta-feira Steffen Hebestreit, o porta-voz do chanceler alemão Olaf Scholz: o país “cumpriria a lei” atira.

Recorde-se que o chefe de Governo israelita viu, esta semana, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitir mandados de detenção devido à violência em Gaza: foram também estendidos ao ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, bem como três chefes terroristas do Hamas, incluindo Yahya Sinwar, responsável pelo planeamento do ataque a 7 de outubro.

Netanyahu já classificou as alegações como uma “distorção da realidade” e acusou o promotor do TPI de “despejar insensivelmente gasolina nas fogueiras do antissemitismo que assolam o mundo”.

A decisão da Alemanha surge depois de o embaixador de Israel em Berlim, Ron Prosor, ter feito um apelo desesperado ao Governo alemão para que rejeitasse o mandado de prisão proposto pelo TPI. Na rede social ‘X’, Prosor referiu que “isso é ultrajante. A declaração pública de que Israel tem direito à autodefesa perde credibilidade se ficarmos de mãos atadas assim que nos defendermos”.

“O ‘Staatsräson’ alemão está agora a ser posto à prova”, refere Prosor, em referência ao compromisso de longa data da Alemanha com a defesa de Israel, uma política declarada pela ex-chanceler Angela Merkel durante um discurso de 2008 no Knesset. “O procurador-geral equipara um Governo democrático ao Hamas, demonizando e deslegitimando assim Israel e o povo judeu. Perdeu completamente a sua bússola moral. A Alemanha tem a responsabilidade de reajustar esta bússola.Esta vergonhosa campanha política poderá tornar-se um prego no caixão para o Ocidente e as suas instituições”, critica o embaixador.

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