AIE celebra hoje 50º aniversário: alterações climáticas, transição e ameaças à segurança energética vão ser temas em debate

Tem hoje início a reunião dos ministros da Energia e do Clima em Paris, por ocasião do 50º aniversário da Agência Internacional de Energia (AIE).

Com sede em Paris (França), o órgão internacional reúne 50 países, representando 80% do consumo mundial de energia, para cooperação em dados, sugestões de políticas públicas e tecnologia voltados para apoiar a segurança e a transição energética. A AIE foi fundada em 1974 para garantir a segurança do abastecimento de petróleo.

Desde então, o papel da AIE evoluiu e expandiu-se para colocá-la no centro do diálogo global sobre segurança energética e transições para energias limpas. Para além da segurança energética, a AIE concentra-se hoje em toda a gama de combustíveis, tecnologias e questões, desde as energias renováveis, a eficiência e a eletricidade até ao petróleo, gás e carvão – e desde o acesso à energia e às alterações climáticas até ao investimento, à inovação e aos minerais críticos.

O economista turco Fatih Birol, de 65 anos, dirige a Agência Internacional de Energia (AIE) há quase uma década e prepara-se para receber hoje, para as festividades do 50º aniversário, mil pessoas, representantes de cerca de 40 países, bem como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

“Será realizado um balanço das últimas evoluções dos mercados, políticas e transições energéticas. A orientação estratégica da agência para os próximos anos também será definida. A reunião ministerial da AIE de 2024 ocorre num momento crucial para os mercados energéticos e as transições para energias limpas a nível mundial. As principais questões incluem os riscos para a segurança energética associados à invasão da Ucrânia pela Rússia, as tensões geopolíticas no Médio Oriente e não só – e os esforços internacionais para concretizar os resultados da conferência COP28 sobre alterações climáticas. Cinquenta anos depois da fundação da AIE, este evento marcante oferece a oportunidade de refletir sobre a forma como o sistema energético global mudou e como enfrentar os desafios energéticos e climáticos que o mundo enfrenta hoje e nas próximas décadas”, informou a organização.

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