Agente neurotóxico usado para envenenar Navalny “mais intenso” do que o encontrado em casos anteriores

O agente químico nervoso do grupo Novichok utilizado para envenenar o líder da oposição russo, Alexei Navalny, era “mais intenso” do que aquele que já foi detectado em casos anteriores, avança a revista alemã Der Spiegel, que cita o chefe do Serviço de Inteligência Estrangeiro da Alemanha, Bruno Kahl.

Kahl informou sobre a potência do veneno, numa reunião que a Spiegel chamou de “secreta”, mas não deu quaisquer outros detalhes.

A Spiegel informou também que uma delegação da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW) visitou, no fim-de-semana, o hospital de Charité, em Berlim, onde Navalny está a ser actualmente tratado.

A revista alemã já tinha noticiado esta quinta-feira que o estado de saúde de Alexei Navalny tinha melhorado e que seria capaz de falar novamente e de recordar-se, possivelmente, do episódio.

Navalny, o principal opositor do Presidente russo Vladimir Putin, foi transportado para a Alemanha no mês passado, depois de ter adoecido subitamente durante um voo.

Médicos alemães diagnosticaram posteriormente que foi envenenado com Novichok, um agente neurotóxico da altura soviética, utilizado inclusive para tentar matar o espião russo Sergei Skripal, há dois anos.

No entanto, Moscovo diz não ter visto qualquer prova de que Navalny tenha sido efectivamente envenenado – o diagnóstico apurado inicialmente por médicos russos descartou a hipótese de envenenamento.

Esta semana, membros da equipa do opositor russo foram vítimas de ataque com uma substância desconhecida, na sede da campanha, em Novosibirsk, na Sibéria. Pelo menos três foram hospitalizados na sequência do incidente.

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