Afinal, onde vivem os milionários? Estes são os países com mais super-ricos do mundo
Uma pesquisa do Instituto de Estudos Económicos Adam Smith, do Reino Unido, revela que a Turquia, a Rússia e a Suécia são os países europeus que mais verão aumentar a proporção de milionários até 2028.
O relatório, intitulado “Millionaire Tracker”, analisa a evolução da riqueza em 36 países, incluindo potências como os EUA, Japão e Alemanha.
De acordo com o estudo, a Turquia lidera o crescimento na Europa, com uma previsão de aumento de 34% no número de indivíduos com um património líquido superior a 1 milhão de dólares (cerca de 915.000 euros) em diversas classes de ativos, como dinheiro, ações e imóveis. Este crescimento é particularmente notável, considerando que a inflação no país alcança atualmente os 72%.
O relatório destaca que a riqueza por adulto na Turquia cresceu mais de 157% entre 2022 e 2023, um desempenho muito superior ao de outras nações, como Catar e Rússia, que registaram aumentos próximos a 20%. A ascensão da riqueza turca, apesar das dificuldades económicas, é atribuída ao aumento do valor dos ativos imobiliários no meio de uma inflação elevada.
Em segundo lugar, a Rússia deve registar um aumento de 23% na proporção de milionários, mesmo no meio da guerra na Ucrânia e das sanções económicas. Já a Suécia está prevista para ter um crescimento de 18%.
Por outro lado, o Reino Unido e a Holanda destacam-se como os países com pior desempenho, prevendo-se que o Reino Unido perca 20% dos seus milionários até 2028 e a Holanda, 5%. O Instituto Adam Smith atribui essa tendência a fatores como altos impostos e uma cultura que não incentiva a criação de riqueza.
Enquanto as maiores economias da Europa, como Alemanha e França, esperam aumentos modestos de 15% e 14%, respetivamente, a Grécia terá apenas um crescimento de 2%. O relatório indica que a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos também devem enfrentar quedas em suas proporções de milionários.
Em comparação, as gigantes econômicas globais, como os EUA e a China, deverão ter um crescimento modesto, com projeções de 12% e 8%, respetivamente.