Afinal, Mário Centeno ainda está na corrida para o FMI
A informação avançada esta manhã pela Bloomberg e pelo Financial Times de que Mário Centeno estaria de fora da corrida pela liderança do Fundo Monetário Internacional (FMI) foi desmentida esta tarde pelas autoridades francesas, que asseguram que o ministro português continua na lista de possíveis sucessores de Christine Lagarde.
Em cima da mesa estarão ainda cinco nomes. Além de Mário Centeno, também Nadia Calviño (Espanha), Jeroen Dijsselbloem (Holanda), Kristalinea Georgieva (Bulgária) e Olli Rehn (Finlândia) fazem parte da lista.
O governo francês, que está a coordenar o processo de escolha de um nome europeu para a direção do FMI, assegura que a primeira ronda de conversações, liderada por Bruno Le Maire (ministro francês das Finanças), abrangeu todos os candidatos e que serão ouvidas as opiniões dos restantes ministros das Finanças da União Europeia antes de ser tomada a decisão final.
Esta manhã, publicações internacionais davam conta de que Mário Centeno e a homóloga espanhola Nadia Calviño tinham sido retirados da corrida, depois de a França ter alegadamente exercido pressão para que Kristalina Georgieva conquistasse o título. No entanto, a búlgara tem a jogar contra a sua candidatura o facto de ter 65 anos de idade, sendo que o diretor-geral do FMI não pode exercer funções depois dos 70 anos. E o mandato é de 5 anos.
Fontes portuguesas que têm acompanhado este processo garantem que não só Centeno continua em jogo, como tem recebido apoios importantes, tanto de membros da UE como de países de outros continentes, nomeadamente América Latina e Ásia, revelou o Expresso este sábado. A única desvantagem para o candidato português, segundo as mesma fontes, é o facto de António Guterres estar à frente da ONU. A possibilidade de ter responsáveis de nacionalidade portuguesa à frente de duas das maiores organizações do mundo poderá causar algum desconforto.