AEP congratula Governo pelo ‘Pacotão’ da economia, mas diz ser “necessário ir ainda mais longe”

A AEP – Associação Empresarial de Portugal, congratulou o Governo pelo Programa “Acelerar a Economia”, apresentado ontem pelo Ministro Pedro Reis, no entanto, alerta para a necessidade de ir mais longe.

“É, pois, com satisfação que a AEP constata o alinhamento dos eixos do programa com as prioridades que defende – designadamente, o financiamento e capitalização das empresas, a inovação, a atração de talento, a sustentabilidade e a reindustrialização”, escrevem em comunicado.

Salientam a integração de algumas medidas por eles propostas, nomeadamente, a redução da fiscalidade sobre as empresas,  os incentivos ao aumento de escala e à inovação, ou ainda medidas como o IVA de caixa e o pagamento do Estado, no prazo de 30 dias, aos fornecedores .

“Não obstante o mérito do programa, é necessário ir ainda mais longe, para uma estratégia de crescimento económico mais forte e duradouro. As medidas são reformistas, mas precisam de alcançar resultados no curto prazo e de serem ajustadas, em alguns casos, à realidade empresarial de Portugal”, sublinham.

Acreditam que é preciso ir mais longe na redução da tributação sobre o trabalho, destacando que não basta atrair talento do exterior, é preciso reter quem cá está, através de uma redução muito significativa do IRS.

Sublinham ainda que é crucial flexibilizar a legislação laboral, tendo em conta um mercado de trabalho em profunda transformação, bem como garantir, de forma transversal, uma total desburocratização no relacionamento entre o Estado e as empresas.

“A AEP reafirma que a melhor forma de salvaguardar os apoios sociais e praticar maiores níveis de remuneração é através da criação de melhores condições para a criação de riqueza, como, aliás, foi referido pelo Primeiro-Ministro na apresentação do programa”, referem.

“Neste sentido, a AEP espera uma célere e eficaz implementação do Programa. De outro modo, estaremos a limitar o ritmo de crescimento, o que seria contrário ao propósito de acelerar a economia”, rematam.

Ler Mais