Advogados com ligações à comunidade israelita do Porto lucram com sefarditas

Há sociedades de advogados com ligações à Comunidade Israelita do Porto (CIP), que fazem dinheiro com descendentes de judeus sefarditas, avança o jornal ‘Público’ que fez uma investigação sobre o assunto.

Segundo a mesma publicação, Mónica João Teixeira (MJT) e Yolanda Busse, Oehen Mendes & Associados (YBOM&A) foram os dois escritórios de advogados indicados pela CIP, para tratarem de processos destes descendentes.

Tanto um como outro têm ou tiveram ligações com a entidade religiosa que os recomenda, adianta o jornal, referindo que ao contrário da Comunidade Israelita de Lisboa (CIL), que não quis fazer recomendações por questões éticas, a CIP trabalhava preferencialmente com a MJT e a YBOM&A.

Em causa estão vários emails enviados pela entidade judaica portuense em resposta a perguntas sobre o processo de certificação de descendentes de judeus sefarditas.

“Uma vez que o requerente tenha recebido um certificado da Comunidade Judaica do Porto [a CIP] atestando os seus laços com uma comunidade sefardita judaica de origem portuguesa, é prudente que procure aconselhamento jurídico na preparação e apresentação ao Governo português dos documentos necessários para a candidatura à nacionalidade portuguesa”, refere a CIP, num email citado pelo ‘Expresso’.

A CIP acrescenta: “Existem 30.000 advogados em Portugal e muitos outros advogados no seu país”, refere de seguida, antes de indicar duas opções: “Advogados que normalmente trabalham para a Comunidade Judaica do Porto: Sra. Monica Teixeira (monica@mjt.com.pt) e ‘Yolanda Busse, Oehen Mendes & Associados’ (http://www.ybom.eu/).”

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