Administração da REN volta a reunir-se com sindicatos para rever tabela salarial dos trabalhadores

Esta quinta-feira, a administração da REN – Redes Energéticas Nacionais volta a reunir-se com os sindicatos representativos dos trabalhadores para rever a atualização das tabelas salariais do Grupo REN.

Na última reunião, a empresa avançou para uma proposta de 4% de aumento global com mínimo 80 euros, 5% de aumento no subsídio de alimentação, antiguidades e ajudas de custo, e 4% para as restantes cláusulas de expressão pecuniária.

“Ainda que a REN tenha introduzido na discussão uma proposta do SINDEL para valorizar os trabalhadores do ex-ACT2000, ainda fica um pouco aquém do esperado para uma empresa como esta. O SINDEL vai aguardar mais algum desenvolvimento da empresa que vá ao encontro de um equilíbrio nas expectativas de todas as partes”, considera o Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (Sindel).

A REN reportou na semana passada um lucro de 3,7 milhões de euros no primeiro trimestre, o que representa uma queda de 71,1% face ao mesmo período de 2023. Em informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a REN explicou que o resultado foi sobretudo impactado por um menor resultado financeiro (-8,4 milhões de euros), maiores encargos com a contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE) (+0,4 milhões) e uma redução de impostos (-3,1 milhões).

Já durante esta semana, a empresa anunciou que prevê aumentar a remuneração aos acionistas para 16,3 cêntimos por ação em 2027, face a 15,4 cêntimos pagos este ano, e mantendo o pagamento bianual.

De acordo com o plano estratégico para 2024-2027 enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a REN prevê aumentar o dividendo dos acionistas em 2% ao ano até atingir 16,3 cêntimos por ação.

A REN teve uma política de dividendo fixo em 17,1 cêntimos por ação entre 2013 e 2021 e, entre 2021 e 2023 o dividendo tinha um valor mínimo de 15,4 cêntimos por ação.

O plano estratégico até 2027 prevê ainda um crescimento do EBITDA de 487 milhões de euros anual, no anterior plano, para 500 a 540 milhões por ano até 2027.

A empresa estima ainda que o seu resultado líquido suba para uma média de 105 a 120 milhões de euros por ano, até ao fim do plano, que comparam com uma média de 110 milhões anuais entre 2021 e 2023, e que a dívida desça até 2.500 milhões de euros até 2027.

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