Ações do Manchester United sobem 68% numa semana que os investidores dificilmente vão esquecer

Desde a saída de Cristiano Ronaldo, a que se juntou a notícia de uma possível venda do clube, que o destino dos Red Devils continua incerto. Como destaque de uma semana que já parecia conturbada em termos financeiros, sabe-se agora que as ações da empresa desportiva inglesa cotada nos Estados Unidos seguiram em alta, a registar subidas de 68%.

Esta prestação na bolsa de valores aumenta em cerca de 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) o valor de mercado do clube. É ainda o valor mais alto em que o clube está a negociar desde novembro de 2018.

O recorde foi atingido logo na terça-feira e também na quarta-feira, mas foi esta sexta-feira que se constatou que estavam a subir há 3 dias consecutivos, isto depois do Ministro do Desporto da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Turki Al-Faisal, ter dito à BBC Sport que o seu governo apoiaria ofertas do setor privado para a equipa.

Embora a semana recorde de negociações tenha sido um impulso bem-vindo para os investidores, esta acontece após grande instabilidade. No início desta semana, as ações do Manchester United foram, em geral, uma negociação não lucrativa, sobrecarregando os investidores que compraram a oferta pública inicial de 14 dólares (13,5 euros) do clube em agosto de 2012, com uma perda de aproximadamente 6%.

Este é um número substancialmente pior do que os ganhos obtidos pelos acionistas de outro clube europeu, a Juventus, que devolveu aos investidores 90% neste mesmo período na bolsa italiana.

A rápida subida das ações do Manchester United esta semana ajudou ainda a capitalização de mercado a superar a marca dos 3 mil milhões de dólares, um nível negociado apenas algumas vezes nos últimos três anos.

Neste contexto, e apesar dos investidores poderem estar a comemorar a rápida ascensão em bolsa do clube britânico, Jim O’Neill, ex-economista do Goldman Sachs Group Inc., que liderou uma oferta pelo clube em 2010, revelou à Bloomberg TV que, qualquer que seja a avaliação atual “é demais”.

Recorde-se que, em agosto, a família Glazer considerou a possibilidade de vender uma participação minoritária no Manchester United, o que poderia avaliar o clube num total de quase 6 mil milhões de euros.

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