Abusos sexuais na Igreja: Catequistas vão passar a ser obrigados a entregar registo criminal limpo

O Patriarcado de Lisboa decidiu determinar a obrigatoriedade de os seis mil catequistas de toda a diocese terem de entregar o registo criminal ‘limpo’ para poderem trabalhar com crianças.

Segundo adianta o Jornal de Notícias, a Conferência Episcopal portuguesa (CEP), está agradada com a medida e já há outras dioceses que estão a pensar adotar a mesma regra, que já é aplicada pelo Corpo Nacional de Escutas (CNE) há uma década.

A medida insere-se no programa de formação que está a ser desenvolvido pelo Patriarcado, através da Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis e do Setor da Catequese, e a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), e prevê quatro áreas: formação de sensibilização para agentes pastorais, formação de formadores, formação de colaboradores das instituições particulares de solidariedade social (IPSS) ou equiparadas e formação para padres e diáconos.

Este é um “ponto sem retorno na aplicação de medidas de proteção e cuidado, de modo a que as paróquias sejam lugares onde as crianças, os jovens, as famílias e os mais vulneráveis encontrem segurança e proteção”, segundo indica o padre Tiago Neto, diretor do Setor da Catequese no Patriarcado de Lisboa.

Em comunicado, do Patriarcado adianta que, na área da catequese – que em Lisboa, a nível diocesano, conta com cerca de 60 mil crianças e adolescentes e 6.000 mil catequistas -, o processo de adoção de “boas práticas” nesta área teve início em setembro de 2022 em algumas paróquias.

“A escolha destes agentes pastorais já requer a necessária análise da idoneidade dos candidatos, incluindo para o efeito a requisição do certificado de registo criminal”, refere a nota.

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