“A guerra está numa fase crítica”: Zelensky admite 2023 “muito difícil” no balanço do ano e ‘pisca o olho’ a bandeira da Ucrânia na UE em breve

Volodymyz Zelensky, Presidente da Ucrânia, fez esta terça-feira um balanço do ano de 2023, num discurso cedido de perguntas da comunicação social. Na sua intervenção, o líder ucraniano admitiu que o ano que passou “foi muito difícil” e, ao mesmo tempo que agradeceu aos aliados internacionais todo o apoio perante a invasão russa, pediu que as ajudas não cessem, já que a guerra “está numa fase crítica.

Zelensky começou por referir os expectáveis avanços nas negociações sobre a adesão da Ucrânia à UE, dizendo que espera que “daqui a pouco as instituições da UE tenham mais bandeiras dos que as 27”. “Penso que nossa bandeira azul e amarela é a nossa maior vitória, acredito que vamos preservar a nossa bandeira e o nosso país todo”, afirmou.

Recordando “todo o sofrimento que o povo ucraniano está a passar”, bem como as “imensas dificuldades” que enfrenta com uma “guerra horrível”, Zelensky assinala: “Estamos a bater-nos pela nossa independência e pelo futuro que escolhemos, e vamos continuar a lutar por ele”.

O Presidente ucraniano agradeceu “aos soldados, à Forças Armadas da Ucrânia, que estão a proporcionar-nos a nossa vitória, a nossa vitória no Mar Negro”, sublinhando que nem sempre se estão a ver os avanços feitos pelos soldados nas linhas da frente de combate, e para se “livrarem da frota russa”.

“Estamos a tentar desbloquear a económica da Ucrânia, ajudem-nos para evitar a destruição”, pediu Zelensky,

“Infelizmente estamos a sofrer perdas [em combate]”, admitiu o líder ucraniano, mas ressalvou que “mensalmente se estão a aumentar as forças ucranianas”.

Zelensky disse ter “a impressão de que veremos sistemas de defesa antiaérea Patriot a participar na guerra”, bem como outros equipamentos cedidos pelos aliados e parceiros internacionais de Kiev.

“Quero agradecer a todos pelos pacotes muito significantes, neste ano muito difícil que está agora a terminar”, referiu.

O Presidente destaca que “as pessoas na Ucrânia estão a sentir que a guerra está numa fase critica”, mas destacando que, ao mesmo tempo “os parceiros estão a ver que a economia da Ucrânia cresceu 5% num ano, e isso é uma grande vitória”.

Zelensky foi questionado sobre o plano, indicado pelas Forças Armadas, que pedem mais 450 a 500 mil militares.

“É um número muito grande, preciso de mais argumentos para apoiar esta decisão. Esta questão mexe com as pessoas, envolve Defesa e Finanças. Com este aumento, a Defesa vai ficar mais forte, mas quero saber o que acontece aos meus rapazes que vão para a linha da frente. É um plano complexo, com vários aspetos”, descreveu Zelensky, indicando que as autoridades “estão a trabalhar no seu desenvolvimento”.

“É a questão número um neste momento. Está a ser trabalhado para equilibrar as forças que estão na linha da frente, a combater há mais de um ano e meio. Não podemos perder a moral”, sublinhou Zelensky.

O Presidente sustentou que, antes de tomar a decisão quer “que a população perceba todos os problemas” que se colocam, e que poderão justificar esta nova mobilização de reservistas na Ucrânia.

Por outro lado, no balanço do final do ano, o Presidente ucraniano destaca que a Rússia “não conseguiu avanços em nenhum dos seus objetivos”, que tinha traçados para as ações ofensivas e de defesa de territórios ilegalmente anexados.

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