“A economia circular são novos modelos de negócio que caminham para uma otimização e eficiência dos recursos”, explica a CEO da Sociedade Ponto Verde

Ana Trigo Morais, CEO e Administradora-Delegada da Sociedade Ponto Verde, destaca a importância de uma maior consciencialização para a escassez de matérias-primas, sublinhando o relevo de uma economia cada vez mais circular em Portugal.

“Temos de nos habituar a viver com menos. Nós não temos uma perceção de escassez dos bens que esteja a transformar comportamentos. Quer na água como nos resíduos, temos de trazer para o consumo não apenas o seu impacto económico mas também esta ideia da escassez, porque vamos pagar isso muito caro”, alerta Ana Trigo Morais.

Neste sentido, revela que vão trazer um modelo de costeio transparente para que as pessoas sejam incentivadas a promover a valorização dos resíduos como recursos. “No país, por falta de noção do valor económico destas matérias-primas, que são escassas, estamos a perder 31 milhões de euros por ano em materiais que vão parar a aterros e que não são valorizados economicamente”.

A redução do consumo, seja do que for, é fundamental, seja de água, de matérias-primas, pois a posteriori os consumidores serão penalizados seja por via do custo, da restrição ou da regulação.

Mas, e o que é o modelo de economia circular? “A economia circular são novos modelos de negócio que caminham para uma otimização e eficiência dos recursos versus os resultados e a competitividade, ou seja, visa utilizarmos melhor os nossos recursos”, explica Ana Trigo Morais.

A CEO e Administradora-Delegada da Sociedade Ponto Verde deixa o alerta que falta em Portugal sermos capazes de andar mais depressa e acompanhar melhor o que é a capacidade através dos modelos de circularização da nossa economia criarmos mais valor. Ou seja, sermos capazes de reutilizar mais materiais para não haver necessidade de subtrair à natureza, usar menos plástico, reciclar mais plástico…

Revelou ainda que Portugal é o maior consumidor de vidro em embalagem per capita, e perde-se 40% destas embalagens que vão parar aos aterros.

“Temos de trazer para perto das pessoas, quer cidadão, quer decisores das empresas, quer dos investidores, a noção de qua a sustentabilidade é uma forma que te muitos modelos, nomeadamente a circularização dos modelos de negócio, para evitarmos uma catástrofe e evitar a ecoansiedade”, destaca.

Para tal, refere a importância de rever o quadro normativo e regulatório para conseguirmos atingir objetivos que são ambientais e económicos, que fazem de Portugal um país melhor para os que cá vivem e que nos visitam.

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