7 dicas para gerir a dívida do cartão de crédito
O cartão de crédito pode ser muito útil no dia-a-dia, porém é preciso utilizá-lo de forma cautelosa para evitar que um produto que pode ser seu aliado passe a ser o vilão. Estas dicas são uma ajuda para uma melhor gestão da dívida do cartão de crédito.
1- Reavalie as suas despesas mensais
Reveja que despesas está a ter e que podem ser desnecessárias e elabore um plano de pagamentos mensal.
Por exemplo: tem inscrição no ginásio, mas usufrui muito pouco? Talvez possa cancelar a inscrição e poupar neste gasto. Ou tem duas subscrições de serviços streaming, no entanto apenas utiliza um? Pode cancelar um destes e ficar apenas com o que mais usa e melhor satisfaz as suas necessidades. Se estiver indeciso, não deixe de comparar todas as ofertas de streaming que existem no mercado.
Certifique-se que coloca de parte o montante suficiente para pagar as prestações da dívida do seu cartão de crédito no final do mês.
2- Registe todos os movimentos que efetua com o cartão
Saber exatamente os gastos que tem é a chave para gerir a dívida do cartão de crédito. Desta forma sabe sempre que montante do plafond já utilizou nesse mês para se certificar de que não o ultrapassa e evitar surpresas quando chegar o dia do pagamento.
3-Tenha apenas um cartão
Se está com dificuldades em gerir a dívida do cartão de crédito, adquirir outro na esperança de ter mais margem para gastar não é a melhor solução. Foque-se em liquidar a dívida do seu cartão antes de pensar em obter outro.
4- Conheça as modalidades de reembolso
Existem várias modalidades de reembolso do cartão de crédito. Grande parte dos cartões permite realizar pagamentos fracionados, ou seja, caso não tenha dinheiro disponível na sua conta para o pagar na totalidade, pode fazê-lo em prestações mensais que podem ir de seis a 48 meses, dependendo do valor e do banco.
É importante ter em consideração que caso opte por pagar a dívida a prestações, estas são acrescidas de juros numa percentagem que varia conforme a modalidade de reembolso acordada e a qual se denomina por TAEG (Taxa Anual Efetiva Global).
Pode obter informação sobre o pagamento do seu cartão junto da instituição financeira emissora do mesmo e assim gerir a dívida do cartão de crédito de uma melhor forma.
5- Negoceie com o banco
Se sempre foi um cliente exemplar e tem uma boa relação com o banco, pode negociar a taxa de juro com a instituição e reduzi-la no sentido de pagar valores mais reduzidos nas suas prestações.
6- Consolide créditos para gerir a dívida do cartão de crédito
Se está com dificuldade em gerir a dívida do cartão de crédito e, para além disso, tem outras prestações às quais também não está a conseguir fazer face, considere optar pela consolidação de créditos. Ao consolidar todas as prestações numa só, consegue poupar em juros e desafogar um pouco a sua taxa de esforço e assim ficar com mais margem para liquidar o cartão de crédito.
7- Tenha em atenção outros custos associados
Para além das taxas de juro, existem outros custos associados à utilização deste produto que é importante que tenha em mente para gerir a dívida do cartão de crédito.
Encargos como a anuidade, juros de mora, comissões de cash advance ou custos de pagamentos efetuados no estrangeiro também devem ser tidos em consideração quando elaborar o seu plano de pagamentos do cartão.
Não deixe de consultar o Folheto de Comissões e Despesas do Preçário do seu banco, normalmente disponível no website do mesmo, para tomar conhecimento de todos os encargos associados ao seu cartão.
O objetivo da utilização do cartão de crédito é facilitar o seu dia-a-dia e proporcionar-lhe uma vasta panóplia de benefícios e descontos. No entanto, com uma utilização menos cautelosa pode incorrer em dívidas avultadas.
O princípio deve ser sempre o de prevenir uma situação dessas. Porém, num caso mais problemático, saiba que existem programas de apoio ao endividado, tais como o PERSI (Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento) ou a RACE (Rede de Apoio ao Cliente Endividado) do Banco de Portugal que ajudam a regularizar a dívida.