62 mil pessoas faliram depois de investirem em painéis solares em Espanha
Em 2007, o Governo espanhol incentivou os cidadãos a investir na criação de parques eólicos para sustentar um bom estilo de vida e ao mesmo tempo produzir a sua própria eletricidade, tudo por estar sob pressão para alcançar os objetivos de transição ecológica da União Europeia.
Cerca de 62 mil famílias na altura seguiram em frente com essa recomendação do Partido Socialista, com a promessa de subsídios para investimento e um preço de compra garantido pela energia produzida.
No entanto, anos depois dos investimentos dessas famílias, o panorama piorou e perceberam que os resultados do investimento não eram assim tão lucrativos, pois a capacidade de eletricidade mostrou-se ser nove vezes mais elevada do que o previsto, segundo o canal francês ‘France24’.
Nessa altura, o Governo percebeu que não iria conseguir fazer os pagamentos que tinha prometido e cortou nos subsídios, tornando aquilo que deveria ser uma fonte de energia e de dinheiro para as famílias no seu principal problema. O único pagamento que estes investidores acabaram por receber foi o pagamento referente às instalações.
Com isto, o Governo deixou famílias na falência, com a possibilidade de perder casas e propriedades.
Após dois anos de manifestações e algumas greves de fome de alguns lesados, o governo de Pedro Sánchez prometeu ajudar estas famílias, mas isso ainda não aconteceu.
No entanto, está a ser feita uma emenda por parte do Partido Popular de Espanha que, se aprovada, será crucial para estes investidores. Em declarações à ‘France24’, Juan Diego Requena, porta-voz do Partido Popular, explicou que “o objetivo desta correção é permitir que as famílias que construíram esses parques solares recebam os bónus que lhes prometeram.”
Os lesados continuam à espera da data da votação desta emenda e do seu resultado.