2022 já é o melhor ano de sempre no mercado de escritórios de Lisboa, revela relatório da JLL

O mais recente relatório da JLL relativo ao setor dos escritórios, o Office Flashpoint, revelou que ainda a três meses do final do ano, 2022 já é o melhor ano de sempre com quase 250.000 m2 de escritórios ocupados em Lisboa, 53% acima do nível de atividade do total de 2021. Para além disso, também supera a marca de 230.000 m2 registada em 2008.

No relatório divulgado no final de setembro, já se mostrava que apenas a quatro meses do final do ano, 2022 já era considerado o melhor ano dos últimos dez anos.

O número de operações concretizadas também foi significativo, com um crescimento de 76%, ou 162, das quais 47 envolveram a tomada de espaços superiores a 1.000 m², contribuindo para o apuramento de uma área média por operação de 1.530 m². No acumulado do ano, a procura foi liderada pelas empresas de “Serviços Financeiros” e mostrou-se mais dinâmica no Parque das Nações.

Em termos mensais, setembro foi o segundo melhor mês do ano, logo atrás de abril, com 21 operações concluídas que somaram 40.600 m², duplicando o nível de atividade face a agosto. A zona Histórica e Ribeirinha foi a mais ativa no mês, sendo a morada de 45% da área ocupada, ao passo que o setor “Outros Serviços” foi o mais dinâmico do lado da procura, sendo responsável por 50% da ocupação registada.

Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL, comenta que “setembro acabou por ser um mês ainda mais dinâmico do que o antecipado, fazendo com que a três meses do final do ano já tenham sido ultrapassadas as projeções com que tínhamos iniciado 2022.  Este já é o melhor ano de sempre no mercado de escritórios lisboeta e, tendo em conta que ainda temos um trimestre pela frente, a manter-se o ritmo que temos observado até aqui, podemos vir a aproximar-nos dos 300.000 m² este ano, o que seria um feito inédito”.

O Porto também registou crescimento no terceiro trimestre, embora não tão acentuado, com uma absorção anual acumulada de 45.500 m², mais 34% que a atividade registada nos nove primeiros meses de 2021. Das 51 operações concretizadas neste período, 14 disseram respeito a áreas iguais ou superiores a 1.000 m². Ainda assim, nos primeiros três trimestres de 2022, a área média por operação foi de apenas 887 m². Neste período, o CBD-Baixa domina a procura, sendo as empresas de “TMT’s & Utilities” as mais dinâmicas na tomada de espaço.

De acordo com Sofia Tavares, “no Porto, a falta de oferta com capacidade para dar resposta à elevada procura que existe na cidade, especialmente aquela vocacionada para grandes áreas, é, sem dúvida o grande desafio atual, travando um maior crescimento da atividade. Contudo, o mercado tem vindo a adaptar-se para conseguir satisfazer estas necessidades, com os negócios de pré-arrendamento e projetos de ocupação própria a ganharem espaço e contribuir para que a dinâmica se mantenha elevada, pelo que também aqui é expectável que venhamos a ter um 2022 memorável em termos de absorção”.

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