2021 foi fatal para algumas carreiras: 10 maiores falhanços do ano
O ano de 2021 não foi fácil, sobretudo devido à pandemia da Covid-19, mas houve decisões que ‘custaram’ carreiras, segundo publicou esta segunda-feira a revista americana ‘Forbes’, que enumerou 10 pessoas protagonistas de alguns fracassos de carreira mais notáveis do ano.
Andrew Cuomo, ex-governador de Nova York
Foi o líder perfeito da era da pandemia em Nova York. Colecionou aplausos pela voz da razão e orientação durante a pandemia da Covid-19, enquanto os seus colegas em Washington DC minimizavam os riscos. Mas em agosto caiu em desgraça, quando renunciou do cargo depois de um relatório do procurador-geral de Nova York ter concluído que assediou sexualmente 11 mulheres. Desde então, foi acusado de toques forçados e avanços sexuais inapropriados, apesar de ter negado. Por entre os problemas legais, foi ainda ordenado, pelo Conselho de Ética do Estado de Nova York a devolver os milhões de dólares em lucros com o seu livro de memórias pandémicas.
Chris Cuomo, ex-pivot da CNN
No início da pandemia, as brincadeiras de irmãos entre o pivot da CNN, Chris Cuomo, e o irmão mais velho Andrew foram uma dádiva para as audiências. No entanto, essa proximidade foi acompanhada de mais perto depois do governador de Nova York ter sido investigado após acusações de assédio sexual – Chris Cuomo foi demitido da CNN em dezembro, depois de terem surgido evidências de que havia cruzado linhas jornalísticas para tentar ajudar o irmão, oferecendo conselhos sobre declarações públicas ou contactar jornalistas para descobrir possíveis artigos. A sua demissão aconteceu depois de uma alegada má conduta sexual, que Chris Cuomo negou.
Matt Doran, repórter de TV australiano
Matt Doran, jornalistas australiano, fez notícia depois de ter perdido o direito de realizar a cobiçada entrevista com Adele depois de ter admitido à cantora que não tinha ouvido o seu novo álbum. O motivo: perdeu o link que foi enviado por e-mail. Num pedido de desculpas, Matt Doran apontou que a sua ‘gafe’ “gerou abusos e gozo por todo o mundo”, acrescentando que a maior parte dessa violência “era merecida”. Pediu desculpas à cantora e aos fãs australianos por ter perdido “por uma margem absurdamente longa, o email mais importante” da sua vida. Felizmente, James Warburton, CEO da Seven West Media e patrão de Doran, mostrou apoio, garantindo que a falta foi “obviamente dececionante” mas que era “um profissional que continuaria com o seu trabalho”
Vishal Garg, CEO da Better.com
Ganhou ‘fama’ quando decidiu demitir funcionários… através de uma infame videoconferência. “Se está nesta chamada”, disse ele, “faz parte do grupo azarado que foi demitido”. Vishal Garg pediu desculpas mas o histórico de complicações financeiras e jurídicas fê-lo tirar uma licença que foi “efetivada imediatamente”, de acordo com um memorando interno.
Jon Gruden, ex-treinador dos Las Vegas Raiders
Antigo vencedor do Super Bowl, Jon Gruden demitiu-se do cargo de treinador dos Las Vegas Raiders em outubro depois de notícias que citavam emails no qual fazia comentários homofóbicos, misóginos e racistas. Os emails, nos quais Gruden supostamente trocava fotos de mulheres em toplesse ou fazia comentários depreciativos sobre o comissário da NFL, Roger Goodell, entre outros, surgiram após uma investigação sobre acusações de má conduta no local de trabalho que até não o envolviam diretamente.
Armie Hammer, ator
O ator Armie Hammer prometeu fazer de 2021 o ano de afirmação em Hollywood. Mas mensagens não verificadas do Instagram de uma conta anónima dava conta que o ator alegou ser um canibal que queria beber o sangue do destinatário. A atenção ‘puxou’ acusações de abuso, violações e comportamento bizarro. Abandonado pelo seu agente e pelo assessor de imprensa, Hammer foi para a reabilitação por vários meses e agora enfrenta um futuro incerto.
Josh Hoffman, cofundador e ex-CEO, Zymergen
Quando a empresa de “biologia sintética” Zymergen abriu o capital em abril, Josh Hoffman, então CEO, previu oportunidades de mercado potenciais de 1.200 mil milhões de dólares para a sua empresa. Quatro meses depois, a empresa implodiu após anunciar que não teria receita com as vendas em 2021 devido ao atraso no lançamento do seu filme ótico para ecrãs de smartphones. Hoffman, um dos três cofundadores, deixou o cargo como parte de “uma decisão mútua entre ele e Zymergen”, afirmou a empresa em comunicado.
John Matze, ex-CEO da Parler
Parler foi uma plataforma de redes sociais mais usadas pelos extremistas na qual foi discutido o ataque de 6 de janeiro ao Capitólio dos Estados Unidos. Encerrou em fevereiro, poucas semanas depois da Google, Amazon e Apple terem tirado a Parler nas suas lojas de aplicações ou serviços de hospedagem na internet. John Matze garante ter sido demitido devido a divergências sobre como o site deveria ser gerido.
Samir Rao, cofundador e diretor de operações, Ozy Media
Em fevereiro, Samir Rao fez-se passar por chefe da programação improvisada do YouTube para uma equipa da Goldman Sachs, quando tentava garantir um investimento de 40 milhões de dólares para a Ozy Media. O estratagema foi rapidamente descoberto e atribuído a uma crise de saúde mental de Rao. No entanto, notícias do ‘New York Times’, meses depois, levantaram dúvidas sobre a empresa de media, que foi acusada de exagerar os seus números nos boletins informativos. Enquanto Rao está de licença, a empresa enfrenta agora investigações federais.
Travis Scott, hip hop
O astro do hip-hop Travis Scott foi elogiado pela revista ‘Forbes’ pela sua capacidade de potenciar marcas. Mas a tragédia no seu festival de música Astroworld, em novembro, que resultou em 10 espectadores mortos, dezenas de feridos e vários processos pendentes, arruinou a carreira do artista – as marcas têm-se distanciado da estrela. A Nike adiou a sua coleção de sapatos com Travis Scott por “respeito a todos os afetados pelos trágicos eventos”, a produtora Mega64 garantiu ter encerrado um projeto com Scott. Mais de 60 mil assinaturas na Change.org afastou Travis Scott da programação do festival de música Coachella, em 2022. Travis Scott pediu desculpas e ofereceu-se para pagar os custos dos funerais das vítimas, o que algumas famílias rejeitaram.
Alice Sebold, autora da ‘Lucky’ and ‘The Lovely Bones’
O livro de memórias de Alice Sebold, ‘Lucky’ , de 1999, que narra a sua violenta violação aos 18 anos e as respetivas consequências estavam prestes a tornar-se um filme até o produtor começar a questionar detalhes sobre o homem condenado pelo crime. Anthony Broadwater foi acusado do crime por Sebold, depois de a autora o ter avistado nas ruas de Syracuse alguns meses depois do crime, para mais tarde escolher um homem diferente na linha policial. Broadwater cumpriu 16 anos de prisão por um crime que não cometeu, foi exonerado por um juiz do Supremo Tribunal do Estado de Nova York em novembro. A autora do best-seller ‘The Lovely Bonnes’ já pediu desculpa mas o contrato que esteve próximo ‘desapareceu’ e o produtor anunciou que afinal ia fazer um documentário sobre Broadwater chamado ‘Azarado’.
Leehom Wang, ator
Leehom Wang – ou Wang Leehom, como o cantor e ator americano é conhecido por milhões de seus fãs – enfrentou uma humilhação pública por entre as acusações de infidelidade da sua ex-mulher. Wang confessou os seus erros, na rede social Weibo, mas o estrago estava feito. Marcas como a japonesa Infiniti, a fabricante chinesa Readboy e a Chow Tai Seng Jewellery em Hong Kong encerraram as parcerias com o ator e no tabloide estatal chinês ‘The Global Times’, foi sugerido que as perspetivas de carreira de Wang na China são muito limitadas.