11 de Setembro foi há 22 anos: sucedem-se as homenagens em memória do mais mortal ataque terrorista em solo americano

O dia ainda dava os seus primeiros passos em Nova Iorque quando um grupo lançou o maior ataque terrorista da história em pleno território dos Estados Unidos.

Na manhã de 11 de setembro de 2001, um grupo fundamentalista até então desconhecido do grande público lançou o voo 175 da United Airlines e o voo 11 da American Airlines – que haviam partido de Boston rumo à Califórnia – contra as Torres Gémeas, em Nova Iorque, provocando depois a sua implosão. O voo 77 da American Airlines despenhou-se sobre o Pentágono e um quarto (voo 93 da United Airlines) acabou por cair na Pensilvânia depois de os passageiros lutarem contra os piratas do ar.

Quase três mil pessoas morreram nos atentados – no total, 2.753 pessoas que morreram depois de os aviões atingirem as Torres Gémeas, 184 pessoas no Pentágono e 40 pessoas que morreram quando o voo 93 aterrou na Pensilvânia. As missões de resgate e salvamento provocaram a morte de 343 bombeiros nova-iorquinos. Os 19 sequestradores do grupo militante extremista islâmico também morreram.

O passageiro mais jovem que morreu foi Christine Hanson, uma criança de 2 anos a caminho da Disneylândia no voo 175 da United Airlines. O mais velho era Robert Norton, de 82 anos, que estava no voo 11 da American Airlines.

Cerca de 40% das vítimas ainda não foram identificadas, de acordo com o Office of Chief Medical Examiner (OCME) da cidade de Nova Iorque. São cerca de 1.106 pessoas. Em setembro de 2021, o OCME identificou as 1.646ª e 1.647ª vítimas com uma análise de ADN – a corretora de seguros Dorothy Morgan e um homem cuja identidade foi ocultada a pedido de sua família. O esforço para identificar as vítimas do World Trade Center é a “maior e mais complexa investigação forense na história dos Estados Unidos”, relatou o OCME.

De acordo com o Programa de Saúde do World Trade Center, mais de 71 mil pessoas foram diagnosticadas com problemas de saúde física e mental causados ​​pela exposição à poeira, fumaça, detritos e traumas dos ataques de 11 de Setembro.

A partir daí, a organização responsável pelos ataques passou a ser conhecida em todo o mundo: Al Qaeda. E o seu líder – o obscuro milionário saudita, Osama Bin Laden – tornou-se o homem mais procurado do planeta.

Esta segunda-feira assinala-se o 22º aniversário do maior ataque terrorista em solo americano. As homenagens vão decorrer em Nova Iorque, com a presença da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, e o marido, Doug Emhoff, que participam na cerimónia anual no Monumento e Museu Nacionais do 11 de Setembro, na baixa de Manhattan.

Em Washington, a primeira-dama Jill Biden vai depositar uma coroa de flores no memorial das vítimas do 11 de Setembro no Pentágono. Joe Biden vai estar presente no Alasca, após uma viagem ao G20 (na Indonésia) e Vietname – o presidente americano estará numa base militar do Alasca, anunciou a Casa Branca.

Será a primeira vez que um presidente norte-americano não estará presente em qualquer das cerimónias anualmente realizadas na cidade de Nova Iorque e nos Estados da Pensilvânia e da Virgínia, junto a Washington D.C., de acordo com uma análise da agência de notícias norte-americana Associated Press (AP).

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