Taxa de motorização próxima da saturação

Traffic Jam on the Highway

Em 2012, na Europa, a taxa de motorização média era de 582 veículos por 1000 habitantes, o que representava um mercado próximo da saturação, à semelhança do que acontece nas restantes zonas desenvolvidas. Em Portugal, a taxa de motorização está perto desse valor, ao atingir os 540 veículos por 1000 habitantes, mas prevê-se que a tendência será mantida. Estas são conclusões do mais recente estudo do Observador Cetelem em colaboração com a empresa de estudos e consultoria BIPE, e a empresa TNS Sofres que analisaram 7.550 respostas online.

O estudo mostra que existe uma relação clara entre a riqueza per capita e o nível de motorização: quanto mais avançado é o nível de riqueza económica de um país, mais elevada é a sua taxa de equipamento automóvel. Assim, os Estados Unidos destacam-se na linha da frente dos países motorizados, com 770 veículos por 1.000 habitantes, em 2012. No outro extremo estão os países em fase de desenvolvimento, como a China, o Brasil, a Turquia e a África do Sul.

Contudo, entre países de riqueza comparável, é possível encontrar grandes contrastes motivados pela cultura, o grau de desenvolvimento dos transportes alternativos ou a geografia e a densidade demográfica. Recorde-se por exemplo que países como a Holanda, Alemanha e região do norte da Europa, conseguem facilmente deslocar-se de bicicleta ao invés dos habitantes de Lisboa, que têm poucas ciclovias e vias planas para pedalarem. Assim sendo, no caso europeu, os números da taxa de motorização tendem a estabilizar à excepção da Polónia que passou de 365 veículos por 1.000 habitantes em 2005 para 551 em 2012. Este fenómeno deve-se essencialmente à entrada do país na União Europeia e a consequente retoma económica, que motivou a importação massiva de automóveis.

Do lado dos países em fase de desenvolvimento, a motorização apresenta um progresso significativo mas está longe de atingir os números europeus. Na Turquia e no Brasil, apenas 170 a 180 pessoas por 1000 habitantes têm carro e na China, ainda que a taxa se tenha multiplicado por quatro em apenas sete anos, só 69 pessoas por 1000 habitantes entram neste grupo.

 

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