Governo francês quer segurar poder na Renault
O governo francês vai investir 1.23 mil milhões de euros na Renault e reforçar a sua posição até os 19,73 % do capital social, com o objectivo de manter o seu estatuto de accionista com direitos especiais da empresa. O governo detém actualmente 15% da Renault, mas beneficia do estipulado numa lei de 2014, que dá o dobro dos direitos de voto nas acções de empresas cotadas em Bolsa que estejam em carteira há mais de dois anos. Ao abrigo desta Lei, os 15% de acções do Estado correspondem a 17,7% dos direitos de votos, enquanto os 19,7% lhe darão 23,2% dos direitos. Em Assembleia-geral, os accionistas podem no entanto deliberar o fim das acções com duplos direitos e é por isso que o Governo quer reforçar a sua posição, de maneira a impedir a revogação do seu estatuto especial. “Este negócio mostra a intenção do Estado em usar todas as armas à disposição dos investidores nos dias de hoje para promover um capitalismo progressivo e a longo-prazo, que apoia os trabalhadores e ajuda a empresa a crescer”, afirmou o Ministro da Economia francês, Emmanuel Macron, em comunicado. O Governo francês pretende vender as suas acções depois de chumbar a proposta de alteração que será apresentada na próxima Assembleia-geral.]]>