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IX Barómetro Executive Digest: José Miguel Leonardo

A capacidade de Portugal chamar a si a implementação de um número alargado de centros de competências, por parte de multinacionais, é dos temas mais destacados no Barómetro da Executive Digest.

José Miguel Leonardo – CEO da Randstad Portugal

Há pessoas complicadas. No sentido de complicarem o que poderia ser mais simples e eficiente. São pessoas que perante um pedido ou uma situação vão criando questões não no sentido de serem mais céleres a responder, ou de garantirem princípios de execução, mas porque vivem de forma complicada. Vão encontrando mais uma vírgula, não olhando para os outros como parceiros, mas com desconfiança e complicação cega no que vai surgindo, seja mais normal ou excepcional. Depois há outros. Que não são complicados, que se regem pela assertividade, pelas regras que reconhecem a necessidade de excepção e pela flexibilidade para conseguir concretizar, para que sejam eficientes e produtivos. Estes são os que olham para a finalidade em todo o caminho, que seguem a bola mas também os colegas e os adversários, com o objectivo da vitória. E no Estado também é assim. Existem os complicados e os outros. Os complicados que se regem por processos, que pedem declarações, pareceres e passam em formato papel com muitas páginas de cima de uma mesa para outra. Processos burocráticos que resultam na ineficiência e que desmotivam não só empreendedores como empresas a ficar no nosso País. Também já temos os outros como o simplex ou mesmo as declarações fiscais. Mas são poucos e por isso não é de estranhar que o antónimo de competitividade seja burocracia. As complicações que nos matam, que nos levam o tempo e o dinheiro e que criam impedimentos ao desenvolvimento das empresas e barreiras à Economia. E é por isso que a bem da competitividade, temos que ser mais exigentes. Deixemo-nos de complicações e avancemos para a desburocratização.

Leia este artigo na íntegra na edição de Maio de 2019 da Executive Digest.