Amazon rejeita acusação de Bruxelas de abuso de posição dominante
A Amazon manifestou, esta quarta-feira, o seu desacordo face à decisão da Comissão Europeia de avançar com a abertura de um processo contra si, alegando abuso de posição dominante.
“Discordamos das declarações preliminares da Comissão Europeia e continuaremos a fazer tudo o que for possível para garantir que tenha as informações necessárias para ter um entendimento preciso dos factos”, disse a gigante da distribuição, em comunicado, citado pelas agências internacionais.
A multinacional aproveitou ainda para sublinhar que representa “menos de 1% do mercado mundial do retalho” e “em todos os países em que atuamos encontramos retalhistas maiores que nós”, acrescentando que “nenhuma empresa se preocupa mais com as pequenas empresas ou fez mais por apoiá-las, particularmente nas últimas duas décadas do que a Amazon”.
Em sua defesa, a empresa reforçou ainda que “existem mais de 150 mil empresas europeias a vender através das nossas lojas, gerando dezenas de milhares de milhões de euros em receitas anuais e empregando milhares de pessoas”.
Importa recordar que, ontem, a Comissão Europeia acusou a gigante liderada por Jeff Bezos de ter violado as regras da concorrência em países como a França e a Alemanha.
As acusações vão no sentido de a Amazon ter usado dados privados dos vendedores independentes que usam a plataforma em seu benefício, distorcendo a concorrência no mercado do comércio eletrónico.