THE LISBON MBA – Olhar para o futuro

Um dos objectivos programáticos do The Lisbon MBA, o MBA conjunto da Nova SBE e Católica- -Lisbon, é a formação e atracção de talento capaz de responder aos desafios cada vez mais globais que as empresas impõem a todos os candidatos, sejam eles nacionais ou internacionais. Tendo isso em conta, o The Lisbon MBA é um programa vincadamente internacional que, desde a sua criação, lecciona em inglês, o que lhe permitiu a atracção de alunos internacionais, que neste momento representam 50% da classe.

De acordo com o último ranking do Financial Times, no que ao Full Time MBA diz respeito, foi o melhor programa em todo o mundo em International Course Experience. Por outro lado, o Executive MBA escalou 15 posições e ocupa agora a 85ª melhor posição a nível mundial e a 43ª a nível europeu. Segundo Anabela Possidónio, directora executiva do The Lisbon MBA, «Portugal tem vindo a apostar na formação de mão-de-obra qualificada, no entanto, estamos infelizmente longe da procura. Note-se, porém, que este não é um problema exclusivo de Portugal mas, sim, de toda a Europa, e não está ligado com a incapacidade de formar mais pessoas, mas sim com o excesso de procura que se está a verificar sobretudo nas tecnologias de informação. Do nosso lado, apostamos na formação de pessoas que possam vir a ter funções relevantes dentro das organizações e que consigam ter sucesso num mundo global, que apresenta cada vez maiores desafios».

Dessa forma, o The Lisbon MBA tem muitos alunos que abraçam carreiras internacionais, «mas é também com grande agrado que conseguimos atrair alunos que, estando a trabalhar fora durante vários anos, olham para o The Lisbon MBA como uma plataforma para regressarem, apostando no desenvolvimento do seu network em Portugal, através da rede Alumni e empresarial do The Lisbon MBA. Paralelamente também temos vários dos nossos alunos internacionais que decidem abraçar uma carreira em Portugal», acrescenta a directora executiva.

Assim, a compreensão do que é o mundo actual deve ser uma das directrizes de qualquer programa de ensino superior e não apenas do MBA. «Actualmente as Universidades devem estar focadas cada vez mais na formação de profissionais com valências diferentes e dar prioridade à vertente comportamental. Com isto não quero afirmar que as competências técnicas já não sejam importantes, pelo contrário, são mais importantes que nunca, mas as instituições de ensino superior devem estar focadas no desenvolvimento das soft skills, pois são essas que dão a capacidade de resistência e de gestão de stress para poderem responder a todos os desafios profissionais, sobretudo os mais complexos», afirma Anabela Possidónio.

É por isso importante ter os alunos a desenvolver projectos para empresas, o que lhes permite ter uma melhor noção dos desafios que vão encontrar no mercado de trabalho, e por outro lado ter as universidades a falarem com as empresas, para perceberem quais são os desafios e as necessidades que têm, por forma a que os planos curriculares estejam adaptados ao mercado de trabalho. O The Lisbon MBA está a fazer as duas. Uma das componentes do currículo do programa Full Time passa por realizarem um projecto numa empresa. Esse projecto pode ser feito na própria empresa, ou por um grupo de alunos que trabalham com alunos de uma universidade parceira e desenvolverem um projecto de consultoria. «Este ano teremos uma equipa de alunos a trabalhar com alunos da Universidade de Fudan China, e uma outra com o Imperial College. Ambos os projectos são desafios que foram colocados por empresas portuguesas em processos de internacionalização. Simultaneamente trabalhamos junto das empresas para ter informação e feedback, que nos permite actuar ao nível do currículo e desenho do programa. O exemplo mais recente é a alteração do Executive MBA, que passou a ter uma semana de imersão no MIT e um calendário mais adaptado ao perfil dos alunos, e em que as aulas serão de três em três semanas», conta Anabela Possidónio.

LÍDERES DO FUTURO

Os líderes do futuro deverão ser pessoas que são capazes de compreender as necessidades dos seus colaboradores sob duas perspectivas: técnica e emocional. «No The Lisbon MBA formamos líderes de futuro porque, além de uma forte componente técnica que advém do know-how de sermos uma iniciativa conjunta das duas melhores Business Schools de Portugal – a Católica-Lisbon School of Business & Economics e a Nova SBE –, damos formação aos nossos alunos para serem capazes de “ler as emoções” da sua equipa», explica a directora executiva. É neste ponto que os alunos, enquanto líderes, se vão diferenciar e proporcionar diversos benefícios não só para as empresas em que trabalham, mas também aos colaboradores fomentando um ambiente de partilha, equilíbrio, proximidade e uma cultura de felicidade entre os colaboradores.

Além disso, as escolas podem ter um papel determinante na dinamização do ecossistema de startups e elevá-las a outro patamar. No entanto, para que isto se verifique é necessário que as instituições de ensino superior saibam incorporar nos seus programas académicos cadeiras e professores reconhecidos nesta nova realidade, assim como se tornarem num dos pilares do ecossistema. De acordo com Anabela Possidónio, «o empreendedorismo é uma realidade em Portugal e, por isso, as universidades deverão dedicar uma parcela dos seus programas a ajudar os alunos a saber como montar um negócio, dar acesso a informação sobre financiamento, programas de mentoring, entre outros. Mas para terem sucesso nesse caminho, não deverão tentar fazê-lo sozinhas. Devem sim apostar em parcerias com aceleradoras, incubadoras, assim como fomentarem o networking com fundos de investimento, empreendedores, etc.».

Da mesma forma que a economia evolui, o ensino também. Actualmente uma escola, em especial as de negócios, tem de ter parcerias. Já não se trata de ser uma solução, mas, antes, o único caminho para promover um ensino mais aproximado ao mercado.

EVOLUIR E CRESCER

Os últimos cinco anos no The Lisbon MBA foram de grande evolução e crescimento, desde o programa às parcerias. O programa conheceu este ano, quando fechou as comemorações da primeira década de existência, uma transformação e que passou pela reformulação do Executive MBA. Agora este programa passará também a ser parceiro do MIT, permitindo que os estudantes possam agora fazer uma semana de imersão na instituição norte-americana.

No que às parcerias diz respeito, tem mantido e reforçado a ligação com as empresas, com que está desde o início. Contudo, tal como em outras dimensões do The Lisbon MBA, também no caso da ligação às empresas é fundamental o desenvolvimento de relações com empresas internacionais. «Essa foi a evolução registada nos últimos cinco anos, e é algo que pretendemos reforçar. Nesse sentido, é com grande satisfação que verificamos que as grandes tecnológicas começam a olhar para o nosso programa como uma fonte de captação de talento. Temos casos de open sessions da Amazon, Microsoft, entre outras grandes tecnológicas», garante a directora executiva.

PROMOÇÃO CONJUNTA

De acordo com Anabela Possidónio, «Portugal está na moda. Isto é um ponto assente e amplamente aceite não só em Portugal como no estrangeiro. Observa-se pelo número de conferências que temos vindo a atrair – entre elas o Web Summit – e outras que desenvolvemos em Portugal e que, pela dimensão que ganharam, estão a sair para outras “paragens” como a THU – Trojan Horse Was a Unicorn – que se está a mudar para Malta». A director executiva acrescenta ainda que, «por todas estas razões, é fundamental manter a aposta que tem vindo a ser desenvolvida pelos sucessivos governos de promoção do que o país tem de bom mas, nesta fase, importa também diversificarmos a mensagem e apostarmos em diferentes sectores. O PIB Português encontra-se hoje muito dependente do crescimento do Turismo que representa mais de 20% do total e é aqui que reside um dos problemas. O turismo é volátil e gera retorno, sim, mas a curto-prazo. É importante que este (e os próximos governos) mantenham a aposta que se tem vindo a fazer na promoção do país como destino de referência, mas desta vez apostar nas universidades e na qualidade do ensino português quer por via dos resultados que temos vindo a obter nos últimos anos no campo financeiro ou por via das personalidades políticas que temos actualmente a nível internacional como o secretário- -geral das Nações Unidas, Dr. António Guterres, ou mesmo o presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças, Dr. Mário Centeno. O outro caminho que destacaria é a aposta na captação de novas empresas multinacionais para Portugal à semelhança do que foi feito com a Google».

Anabela Possidónio acrescenta que a aposta deve ser feita sempre numa visão de médio ou longo-prazo sem prejuízo, evidentemente, da aposta na geração de receita imediata. «Conseguirmos implementar uma estratégia de promoção do país a médio ou longo-prazo estamos não só a promover Portugal como um país de referência, mas, e em simultâneo a “viver” o momento único que o país está actualmente a atravessar».

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