Reforçar competências com formação

O Instituto Politécnico de Setúbal é uma das instituições públicas com diversificação de pós-graduações e mestrados

A formação de executivos é, hoje, uma clara prioridade face ao défice de capacidade de gestão que tem vindo a ser constatado ao nível das empresas portuguesas, facto que parece explicar, em parte, a baixa produtividade do trabalho em Portugal», refere António José Almeida, director do Mestrado em Gestão Estratégica de Recursos Humanos da Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS). «Um artigo recente de Francisco Queiró (2016), intitulado “The Effect of Manager Education on Firm Growth”, veio mais uma vez chamar a atenção para a importância da formação dos gestores enquanto variável explicativa do crescimento e da modernização das empresas.»

Bem ciente da importância da formação executiva nos dias que correm, António José Almeida explica a proposta de valor do IPS no que diz respeito a esta área: «A ampla formação pós-graduada existente no IPS, cuja procura não tem parado de crescer, pretende responder a dois grandes desafios que estão interligados: reforçar as competências e os níveis de qualificação dos diferentes profissionais, permitindo o prosseguimento de estudos, e responder aos desafios decorrentes do tecido socioeconómico da região, procurando promover cursos de pós-graduação potenciadores do desenvolvimento económico dos diferentes sectores de actividade».

Sobre o crescimento do mercado da formação executiva nos anos mais recentes, António José Almeida comenta que «a aposta na qualidade da formação pós- -graduada tem sido, neste contexto, um verdadeiro desafio, uma vez que também a diversidade de estudantes tem vindo a aumentar, incluindo estudantes de diferentes nacionalidades. Esta diversidade, a par da qualidade dos curricula e dos professores, tem sido a grande riqueza da nossa formação».

De resto, António José Almeida não tem dúvidas sobre as mais- -valias que trazem os estudantes estrangeiros, afirmando que «a possibilidade de ter em sala uma maior diversidade cultural é, em si, um elemento formativo que não podemos menosprezar, sobretudo num contexto de internacionalização dos negócios. A partilha de valores culturais diferentes é, em si, uma mais-valia. Mas, para além disso, não menosprezamos a possibilidade que essa diversidade cultural potencia de ter em sala de aula pessoas capazes de olhar para os problemas de modo diferente, o que facilita, muitas das vezes, o “pensar fora da caixa”». Face ao novo mercado de trabalho, com exigências e desafios cada vez mais diversificados, o IPS procura «apostar em três grandes domínios: o das novas tecnologias, o da capacidade de análise/inovação e o da internacionalização».

Em jeito de conclusão, António José Almeida acrescenta que «a nossa oferta de formação pós- -graduada no campo da gestão tem vindo a ter um crescimento bastante rápido, estando sempre em aberto a possibilidade de lançar novos programas, desde que estejam garantidos os parceiros adequados e a qualidade e relevância dos programas».

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